quarta-feira, 19 de junho de 2019

Mario Bonsaglia é o mais votado em lista tríplice formada por entidade privada para a chefia da Procuradoria Geral da República



A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), uma entidade privada, definiu nesta terça-feira (18) a lista tríplice que será enviada ao presidente Jair Bolsonaro para escolha do Procurador-Geral da República. De acordo com a votação, em primeiro lugar ficou o subprocurador Mário Bonsaglia (super corporativista), com 478 votos. Em seguida ficaram os subprocuradores Luiza Frischeisen (esquerdista, com 423) e Blal Dalloul (422). A lista, que é elaborada desde 2001, foi feita internamente entre os membros do Ministério Público Federal em todo o Pais em função do término do mandato da atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que termina em 18 de setembro. O presidente não é obrigado por lei a seguir essas indicações que são uma gigantesca excrescência na vida institucional brasileira, porque são promovidas por uma entidade privada que quer ter o poder de indicar os nomes que podem ser escolhidos pelo Presidente da República. O Ministério Público não é um quarto poder; tem autonomia administrativa e financeira, mas é órgão integrante do Poder Executivo. Portanto, o Presidente da República tem todo o poder para escolher quem julgar melhor para o cargo, e não precisa nem ser membro do Ministério Público. 

Raquel Dodge não figura entre os indicados na lista por não ter se candidatado nessa eleição promovida pela entidade privada, mas, poderá reconduzida para mais dois anos no cargo. É o que ela deseja, mas é quase impossível que seu nome seja considerado por Jair Bolsonaro. Afinal de contas, ela promoveu ações absurdas contra Bolsonaro. O indicado pelo presidente precisará ser sabatinado e ter nome aprovado pelo Senado antes de tomar posse. 

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