sábado, 15 de junho de 2019

Bolsonaro dá ordem para Joaquim Levy demitir diretor do BNDES que trabalhou em governo do PT, senão ele será o demitido



O presidente Jair Bolsonaro deu uma bronca pública no presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy, e ameaçou demiti-lo na próxima segunda-feira, 17, caso ele não suspenda a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de mercado de capitais do banco de fomento. "Levy nomeou Marcos Pinto para função no BNDES. Já estou por aqui com o Levy", disse o presidente neste sábado, 15. "Falei para ele: demite esse cara (Pinto) na segunda ou eu demito você (Levy) sem passar pelo Guedes (ministro da Economia)", afirmou o presidente. Bolsonaro deu a declaração ao sair do Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência, em direção à base militar, para viajar a Santa Maria (RS), para participar da festa pela data da Arma da Artilharia, no Regime Mallet. "Governo tem que ser assim, quando coloca gente suspeita em cargos importantes e essa pessoa, como Levy, já vem há algum tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito, ele (Levy) está com a cabeça a prêmio há algum tempo", continuou o presidente. Ao ser questionado por uma jornalista se estava demitindo publicamente o presidente do BNDES, Bolsonaro negou. "Você tem problema de audição?" - questionou à repórter. Na sexta-feira, durante café da manhã com jornalistas, Bolsonaro demitiu o presidente dos Correios, general Juarez Cunha, por ter se comportado como "sindicalista" ao ser contrário à privatização da estatal, avalizada pelo presidente. Agora, o que irritou Bolsonaro foi o presidente do BNDES ter colocado Pinto - que já tinha trabalhado como assessor do BNDES durante o governo PT, de 2005 a 2007 - na diretoria que terá como foco a venda de participações da BNDESPar, braço de participações do banco de fomento. O próprio Levy foi ministro da Fazenda de Dilma entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015, primeiro ano do segundo mandato da petista. Bolsonaro está completamente certo em dar esse cartão amarelo para Joaquim Levy. Esses executivos do setor financeiro, que não têm norte nem sul, trabalham para qualquer governo, em qualquer lugar do mundo, pensam que o governo Bolsonaro é similar à Sodoma e Gomorra do regime muito corrupto da organização criminosa do PT, em que cabia qualquer coisa. Pensam que continua agora a suruba do regime petista. Não, Jair Bolsonaro está deixando bem claro que a situação mudou, que certas atitudes são inaceitáveis. Além disso, Joaquim Levy parece ter feito a nomeação como clara confrontação com Bolsonaro, uma provocação. Mas, Bolsonaro deixou claro que ele está na marca do pênalti por não haver realizado coisas com as quais concordou quando entrou no governo. Joaquim Levy deve entender que não tem estrelas sobre os ombros. E essa porcaria que ele dirige, um banco estatal que teve contribuição decisiva para afundar o Brasil no regime corrupto do PT, cujo ex-presidente, o petista Luciano Coutinho, agora responde a processo, o BNDES, deveria urgentemente entrar na bacias das almas para a privatização ou sua extinção.

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