As vendas de grãos seguem travadas nos Estados Unidos neste momento. Nos atuais níveis de preços não se vende milho, tampouco soja e os produtores seguem aflitos no planejamento de sua nova safra, bem como de olhos bem atentos à toda e qualquer notícia que possa mudar a direção das relações entre a China e os Estados Unidos. Enquanto os dois países não encontram uma solução, os silos norte-americanos já não dão conta de tanto produto a ser estocado e em algumas partes dos Estados Unidos e a produção já começa a apodrecer e perder qualidade por não estar estocada de maneira adequada. O volume de soja estocada pelos produtores americanos é recorde e eles esperam desesperadamente por uma melhora das cotações. Até o último dia 22, de acordo com números de uma pesquisa feita pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), eram 3,7 bilhões de bushels nos silos americanos, 18% a mais do que no mesmo período do ano passado. Somente no estado de Minnesota, eram 339 milhões de bushels, volume 10% superior ao de 2018. "E isso me parece uma estimativa mais baixa do que o real", disse Bob Zelenka, diretor executivo da Minnesota Grain and Feed Association ao portal internacional StarTribune. Estes são os maiores estoques de soja norte-americanos em 12 anos. Durante o Agricultural Outlook Forum, realizado no fim de fevereiro, o economista chefe do USDA Robert Johansson, disse que "o país levaria ainda muitos anos para desfazer estes estoques".
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