terça-feira, 5 de março de 2019

Primeiro leilão de concessões de aeroportos do governo Bolsonaro deverá arrecadar no mínimo R$ 218 milhões

Apesar do crescimento fraco da economia brasileira e do desempenho pífio dos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, deve aser alta a demanda do primeiro leilão de privatização do governo de Jair Bolsonaro – marcado para 15 de março. Os 12 aeroportos, que respondem por 9,5% do mercado doméstico, devem render R$ 218 milhões de outorga mínima inicial para a União. Nos primeiros cinco anos, os vencedores terão de investir R$ 1,47 bilhão na melhoria dos terminais.  O bloco do Nordeste – que inclui os terminais de Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Campina Grande e Juazeiro do Norte – será o mais demandado pela proximidade com a Europa e pelo já intenso fluxo de turistas na região. Uma fonte do mercado disse esperar até dez concorrentes para o bloco, que tem o aeroporto de Recife como principal chamariz. O terminal recebeu, no ano passado, 8,3 milhões de passageiros, registrando um número recorde e um aumento de 9% na comparação com 2017. Vistos como menos interessantes, os blocos do Centro-Oeste (que engloba os terminais de Cuiabá, Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis) e do Sudeste (Vitória e Macaé) não devem ficar sem ofertas. O perfil econômico das regiões onde eles estão instalados é o principal atrativo. O bloco do Centro-Oeste poderá atender ao agronegócio, enquanto o aeroporto de Vitória é um importante terminal de cargas e o de Macaé serve à indústria de óleo e gás.


A maior parte das ofertas deverá ser feita por grupos estrangeiros. Para ela, o fato de o governo ter retirado a exigência de a Infraero ser sócia nos aeroportos torna o leilão mais atraente para os investidores, que poderão operar os terminais de forma mais independente. As novas condições, sem Infraero, investimento menor e novo cálculo de outorga tornaram as concessões mais atrativas. Além de empresas estrangeiras que já atuam no Brasil, deverão aparecer algumas estreantes na disputa, há várias companhias que querem expandir os negócios para mercado com potencial de crescimento.

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