O Ministério Público de Minas Gerais conseguiu o bloqueio de mais R$ 50 milhões da Vale para garantir ressarcimento de prejuízos causados em evacuação desordenada em Barão de Cocais. Desde a tragédia de Brumadinho, a mineradora já teve R$ 12,6 bilhões bloqueados e foi obrigada a fazer um depósito judicial de cerca de R$ 7 bilhões. Segundo o Ministério Público, 492 pessoas tiveram que deixar as localidades de Gongo Soco, Tabuleiro, Piteiras e Socorro, em 8 de fevereiro, sob o risco de serem atingidas no caso de rompimento da barragem de Laranjeiras. A estrutura fica em Barão de Cocais, mas atende ao Complexo de Brucutu, que fica no município de São Gonçalo do Rio Abaixo e teve a licença suspensa.
As localidades de Barão de Cocais foram as primeiras a serem evacuadas após a tragédia de Brumadinho. Desde então, áreas impactadas por pelo menos outras cinco barragens, além das de Brumadinho, também foram evacuadas. A decisão foi tomada à medida principalmente que as empresas que auditavam essas estruturas começaram a se recusar a atestar a segurança. No comunicado distribuído na tarde desta sexta-feira, o Ministério Público destaca que a Justiça considerou, na decisão, que o bloqueio de bens é “essencial, considerando-se o envolvimento da Vale, nos últimos anos, em desastres ambientais de grande magnitude e em outras ações de evacuação de pessoas”. O Ministério Público também determinou que a Vale adote medidas para garantir aos desalojados assistência integral. Segundo informações divulgadas pela Vale no fim da semana passada, cerca de mil pessoas estão fora de casa por precaução.
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