sexta-feira, 8 de março de 2019

Já está na hora de o governo Bolsonaro dar um grande exemplo na área da educação nacional

O Ministério da Educação no iniciante governo de Jair Bolsonaro parece ter entrado mesmo em uma reta de redefinição, e tudo parece conduzir à mudança do ministro Ricardo Velez Rodrigues. Ele é um intelectual importante, sério, estudioso, mas se deixou envolver e cometeu erros imperdoáveis. A educação no Brasil é o pior problema do País. O esquerdismo hegemônico que impera na vida cultura nacional no mínimo desde a metade da década de 70 destruiu o sistema educacional brasileiro. Isso foi feito com a propagação do piagetismo (Jean Piaget) e do pensamento construtivista. Por essas concepções, o processo educacional se processa por meio do próprio estudante e de suas escolhas, do momento em que quer aprender. Por esse sistema, o educador abdicou do papel protagonista que tinha sido seu centenariamente na educação brasileira e o que se viu foi o surgimento do império da boçalidade, da perda completa de parâmetros e da queda abissal de resultados nesse campo. 

A educação no Brasil desceu ao fundo do poço, apesar de os recursos públicos gastos no setor serem maiores do que aqueles investidos pela maior parte das nações desenvolvidas. Resumindo: o problema não é dinheiro para a educação, isso não falta, o problema está na definição estratégica para a educação. O que o Brasil precisa, antes de mais nada, na educação, é a reposição da ordem no sistema, e da disciplina dentro das escolas. 

Não há processo educacional sem ordem e disciplina. Ora, essas noções foram completamente perdidas no País por décadas de aplicação da assassina concepção construtivista, na qual o professor se desonera da função de ensinar, sua precípua prerrogativa e razão de existir. 

A noção estratégica de ordem e disciplina como elementos absolutamente fundamentais e necessários para o sistema de educação só foram preservados, com muito custo, nas escolas militares. Não por acaso, essas escolas são as que apresentam os melhores resultados no País inteiro, em quaisquer parâmetros pelos quais seus resultados sejam analisados, tanto as escolas mantidas pela Exército Brasileiro quanto aquelas mantidas pelas Policias Militares nos Estados. 

O Rio Grande do Sul, por exemplo, Estado onde a educação pública foi modelo nacional, derivado da concepção positivista de Julio de Castilhos, sofreu obstinado processo de destruição pelo esquerdismo durante décadas, fomentado permanentemente por um sindicato - Cepers - comandado pelo PT. Nesse Estado, as duas melhores escolas são militares, portanto públicas, ambas localizadas em Porto Alegre, o Colégio Militar do Exército Brasileiro, e o Colégio Tiradentes, da Brigada Militar. O Colégio Militar é a escola que fornece o maior número de contingente para a muito famosa, única, superior, Academia de Agulhas Negras, que funciona em Rezende, no Rio de Janeiro. 

Portanto, o que cabia ao ministro Ricardo Vélez Rodrigues era estabelecer um plano estratégico, fixando a ordem e a disciplina como valores básicos, fundantes, da educação brasileira, e passar à aplicação paulatina desta estratégia na prática. Ao mesmo tempo ele deveria ter estabelecido resultados que precisariam ser alcançados no curto, médio e longo prazos. É possível obter resultados práticos, concretos, no sistema de educação, em muito curto espaço de tempo, como seis meses. 

Para que esses resultados sejam alcançados, o primeiro passo, no País inteiro, se constituiria na militarização das principais escolas públicas em todos os Estados. Essas escolas passariam a adotar o regime militar característico dos:colégios do Exército Brasileiro e da Brigada Militar gaúcha. Por exemplo: o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, que já foi modelo nacional de educação pública e hoje não passa de um antro de drogados e de tráfico de drogas, adotaria o regime militarizado e teria a meta de alcançar resultados 50% melhores em matemática e português nos primeiros seis meses do ano letivo. No final do ano, o resultado deveria ser no mínimo 75% melhor. Isso é absolutamente factível. Se este programa tivesse sido aplicado ao País, já teríamos hoje um contingente de no mínimo 500 escolas, com uma média de 2.000 alunos em cada uma delas, levando a um milhão de estudantes no País, que melhorariam de maneira impressionante o seu resultado em um ano. No segundo ano de governo essa meta seria triplicada, ou quintuplicada. Os resultados seriam assombrosos em dois anos de governo. E tudo isso é absolutamente factível, porque as escolas já existem e os professores estão disponíveis. O que falta é apenas definição estratégica educacional e gestão. 

Pela simples imposição da definição estratégica, na qual os princípios fundantes, fundamentais, são a ordem e a disciplina, é possível alcançar uma verdadeira reforma em profundidade da educação no Brasil. De maneira paralela poderiam ser desenvolvidos muitos outros programas para a criação de oportunidades para os estudantes brasileiros. Por exemplo, um programa nacional de programação em informática. 

Resumindo: não é obrigando crianças a cantar o hino nacional e produzindo videos desses atos cívicos que se chega a algum lugar. Isso é apenas consequência. É claro que, onde houver ordem e disciplina, isso acontecerá naturalmente. O que o ministro Ricardo Velez Rodrigues pretendeu com sua ordem foi colocar a carroça na frente dos cavalos. Foi um erro brutal. E o Brasil não pode se permitir a perdas de tempo, principalmente na educação. O próprio presidente Bolsonaro vem há muito tempo deixando claro qual é o caminho que ele deseja para a educação. E tem toda razão. Por que então não resolveram fazer o mais simples, aplicar o que Bolsonaro propaga? (Comentário do jornalista Vitor Vieira)

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