Mais longevo comandante da Marinha (2007-2015) e responsável pelo polêmico programa de reaparelhamento naval, o almirante Júlio Soares de Moura Neto voltou à ‘ativa’. Ele acompanha de perto a concorrência para a compra de quatro corvetas Tamandaré, negócio de até US$ 2 bilhões – ou R$ 7,5 bilhões. Moura Neto integra o Conselho Consultivo Estratégico da Fundação Ezute (ex-Fundação Atech), que se propõe a atuar como “honest broker” na transferência de tecnologia das corvetas. A Ezute é parceira de dois dois quatro consórcios finalistas na licitação: FLV (Ficantieri, Leonardo e Vard Promar S.A) e Águas Azuis (Atech, Embraer e ThyssenKrupp). Agentes de mercado disseram a O Antagonista que a FLV é a favorita e que já investiu R$ 30 milhões na dragagem do estaleiro em Suape, já de olho na fabricação das corvetas. Esses mesmos agentes lembram que a Ficantieri foi alvo de investigações na Itália pelo chamado “Escândalo das Fragatas”, no qual foi citado Nelson Jobim – que foi ministro da Defesa de Lula e chefe do almirante Moura Neto. Segundo o site da Ezute, seu “Conselho Estratégico” conta ainda com o ex-comandante da FAB Juniti Saito (2007-2015), que comandou todo o processo do FX-2 para a compra de 36 caças – programa que está sob a lupa do MPF em Brasília. (O Antagonista)
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