A socialite paulista Donata Meirelles pediu demissão da Vogue Brasil. Ela exercia o cargo de diretora de estilo da revista. A saída dela acontece poucos dias depois da repercussão envolvendo sua festa de aniversário, na Bahia, na última sexta-feira (8), no Palácio da Aclamação, antigo palacete que já serviu de residência de governadores da Bahia e sede do governo baiano. Fotos dela sentada em uma cadeira ao lado de mulheres negras vestidas de baianas, como se fossem mucamas secundando sua sinhá, viralizaram nas redes sociais. Internautas interpretaram as imagens como uma representação de uma sinhá cercada por mucamas, remetendo ao período da escravidão. Personalidades também se pronunciaram nas redes, caso da veterana Elza Soares. A cantora escreveu em seu perfil do Instagram: "Não faço juízo de valor sobre quem errou ou se teve intenção de errar. Faço um alerta! Quer ser elegante? Pense no quanto pode machucar o próximo, sua memória, os flagelos do seu povo, ao escolher um tema para 'enfeitar' um momento feliz da vida". Na terça-feira (12), a revista postou em sua conta no Instagram uma nota de esclarecimento. "A Vogue Brasil lamenta profundamente o ocorrido e espera que o debate gerado sirva de aprendizado", diz um trecho do post. Donata Meirelles compartilhou a publicação e acrescentou o seguinte texto: "Aos 50 anos, a hora é de ação. Ouvi muito, preciso ouvir ainda mais. Quero agir em conjunto com as mulheres que têm a me ensinar e com quem mais estiver disposto a ser elo em uma transformação que se faz necessária. Meu compromisso é me colocar em (re)construção! Em ação!". Donata Meirelles é mulher do megabilionário marqueteiro baiano Nizan Guanaes, que atendia a muito corrupta empreiteira baiana Odebrecht. O furacão em que ela se meteu decorre da extrema superficialidade exibida pelas elites brasileiras diante dos pobres no País. Essa é a noção de estilo, em geral, dos muito ricos.
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