O jovem advogado gaúcho Eduardo Schmidt Jobim obteve nesta semana uma das mais retumbantes vitórias judiciais dos últimos tempos. Ele conseguiu um resultado ímpar, ao obter a absolvição total de seu cliente em processo da Operação Rodin. O cliente é João Luiz Vargas, ex-deputado estadual, ex-presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e ex-conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado. Eduardo Jobim conseguiu a absolvição de João Luiz Vargas por 4 a 2 em julgamento realizado pela 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em sessão na quinta-feira. Depois de ter sido condenado na Justiça Federal de Santa Maria, em sentença expedida pelo juiz Loraci Flores de Almeida, e pela 7ª turma do TRF4, em 2016, o advogado Eduardo Jobim conseguiu convencer os desembargadores da sua tese, no embargo infringente, de que seu cliente simplesmente não detinha a posse, disponibilidade ou autoridade sobre os valores decorrentes da dispensa irregular de licitação praticada por terceiros no âmbito do Detran, fato apontado pelo Ministério Público Federal no processo da Operação Rodin, Por essa razão singela, conforme o advogado Eduardo Schmidt Jobim, seu cliente não poderia ser condenado pelo delito apontado, porque não se enquadrava na capitulação do ilícito penal.
Eduardo Jobim é bisneto de Walter Só Jobim, que foi governador do Rio Grande do Sul na década de 40. É um jovem advogado muito estudioso, discreto, que estuda detalhadamente os processos. Apesar de jovem, tem uma enorme cultura filosófica e sobre a história das idéias jurídicas. Ele dá aula de Direito Constitucional na Faculdade Fisul de Bento Gonçalves na serra gaúcha. Quase todos os dias é possível ver o jovem advogado correndo na beira do rio Guaíba, em Porto Alegre, ou pedalando, junto com seus amigos, em um grupo no qual se incluem médicos, advogados, juízes e outros profissionais. Mas, ninguém procure por Eduardo Jobim nos fins de semana em Porto Alegre, porque ele segue já na sexta-feira para Santa Maria, para passar os fins de semana com sua filhinha de nove anos. E também para saborear com o pai, engenheiro e produtor rural tradicional, mas adepto de todas as técnicas mais modernas no campo, as cervejas artesanais importadas que ele pesquisa durante a semana nas lojas especializadas da capital gaúcha. Eduardo Jobim, que não gosta de notoriedade, não quer se ver obrigado a comprar mais um terno. Ele prefere frequentar tranquilamente, incógnito, as livrarias jurídicas em buscas de raridades dos grandes pensadores jurídicos.
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