Pela primeira vez desde 2013, marco divisor da política brasileira recente após as manifestações de rua, voltou a crescer a confiança da população nas instituições. A Pesquisa 'Qualidade de Vida - Viver em São Paulo', realizada pelo IBOPE Inteligência e encomendada pela Rede Nossa São Paulo, divulgada nesta quarta-feira, 23, revela a avaliação de moradores da capital paulista em relação a itens como saúde, educação, confiança nas instituições e avaliação administrativa. O estudo mostra que em 2018, em São Paulo, houve a interrupção de uma tendência - observada a partir de 2013 - de queda na confiança em relação a todas as instituições analisadas. Moradores do centro e da região oeste de São Paulo são os que se posicionam de maneira mais crítica em relação às instituições avaliadas. Entre as melhores avaliadas, estão: Metrô, com 58% de confiança, seguido de SABESP(52%) e Conselho Tutelar (50%). As instituições com menor nível de confiança são Subprefeituras (27%), Tribunal de Contas do Município (24%) e Câmara Municipal de São Paulo.
A maioria dos paulistanos continua sem participar das audiências públicas e votações na Câmara Municipal. Questionado se participa de alguma atividade na Casa, 93% dos paulistanos responderam que não. Em 2017, eram 97%. Cerca de dois terços dos entrevistados não lembram ainda em quem votaram para vereador nas eleições de 2016, que elegeram os parlamentares em atuação. No ano passado, 64% dos questionados disseram não se recordar em quem votou. O número cresceu em 2017, quando 55% não lembravam o nome do vereador escolhido na eleição anterior. Na lista, há ainda instituições como a Polícia Militar (50% de confiança), a Prefeitura de São Paulo (28%) e a Companhia de Engenharia do Tráfego, a CET, com 35% de nível de confiança. A pesquisa entrevistou 800 pessoas entre os dias 4 e 21 de dezembro do ano passado. Questionados sobre o grau de satisfação em relação à qualidade de vida na cidade, os paulistanos deram nota 6,3. O valor é superior ao registrado em 2017, quando a nota dada foi 6. Dois anos atrás, em 2016, a satisfação atingiu o nível mais baixo da série histórica da pesquisa: 5,4.
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