A suspensão de benefícios previdenciários e assistenciais que apresentam indícios de irregularidade deve render sozinha uma economia de pelo menos R$ 5,076 bilhões em 2019, estima a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Esse é um dinheiro que seria gasto indevidamente caso o governo não adotasse nenhuma ação para acelerar o combate a essas fraudes. Hoje existem 3 milhões de processos pendentes de análise e sobre os quais já existe suspeita de irregularidade. Órgãos de controle como a CGU já vinham alertando para a necessidade de tomar providências. Em abril do ano passado, o Ministério da Transparência e CGU haviam identificado pagamento indevido de R$ 3 bilhões em aposentadorias para produtores rurais nos últimos cinco anos, e mais R$ 1,18 bilhão ao ano escoaria pelo ralo se nada fosse feito. Outra parte significativa do impacto fiscal da Medida Provisória antifraudes editada na semana passada pelo governo virá da ampliação do pente-fino em benefícios que dependem de perícias médicas, que deve poupar outros R$ 4,054 bilhões. Os dados foram detalhados pelo órgão a pedido da reportagem. Ao todo, o governo prevê uma economia bruta de R$ 10 bilhões neste ano com as iniciativas para combater irregularidades, mas o efeito líquido ficará em R$ 9,8 bilhões devido à criação de um bônus para funcionários do INSS empreenderem a força-tarefa de revisão nos benefícios. Nesta quarta-feira, 23, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a economia a ser obtida em 2020 pode ser até o dobro disso, à medida que a implementação das medidas evoluam.
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