quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Pressão mundial contra o ditador Maduro aumenta com o apoio ao oposicionista Juan Guaidó, que se declarou presidente provisório


A pressão para que o ditador comuno-bolivariano da Venezuela, Nicolás Maduro, deixe o cargo aumentou significativamente nesta quarta-feira, 23, dentro e fora do país. Milhares de venezuelanos pediram nas ruas sua saída do poder, cenário mais plausível depois de os Estados Unidos reconhecerem o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino, ato seguido por vários países, entre eles o Brasil. Maduro, como um boneco de Cantinflas, rompeu relações diplomáticas com Washington. Diante de uma multidão em Caracas, Guaidó declarou-se presidente interino, após semanas de apelo a militares e burocratas para que rompam com o chavismo. Ele invocou dois artigos da Constituição de 1999. Um deles prevê que qualquer cidadão pode restabelecer a ordem constitucional em caso de ruptura. O outro permite que o presidente da Assembleia Nacional declare vaga a presidência e convoque eleições em 30 dias. Os Estados Unidos lideraram a ofensiva diplomática em favor de Guaidó e foram seguidos por Brasil, Equador, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Paraguai e outros países latino-americanos. Canadá também apoiou o opositor.

O Itamaraty afirmou que o Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela. Em nota, o presidente Donald Trump prometeu usar a força diplomática e econômica do país para tirar Maduro do poder. Em um indicativo de que sanções ao petróleo podem ocorrer, fontes do governo americano disseram a empresas do ramo de energia que a opção pode ser adotada caso a crise se agrave. O governo americano também alertou Maduro que “todas as opções estão sobre a mesa” caso o chavismo faça algo contra Guaidó ou outro líder da oposição. Maduro pediu à Justiça que atue contra Guaidó, um discípulo do opositor Leopoldo López, mantido em prisão domiciliar. O chefe militar venezuelano, Vladimir Padrino, garantiu apoio a Maduro. O comunicado de Trump foi emitido após reunião do presidente na terça-feira com políticos republicanos da Flórida. O senador Marco Rubio vinha, havia dez dias, defendendo que os Estados Unidos reconhecessem Guaidó como presidente. Em resposta à decisão americana, Maduro rompeu relações diplomáticas e deu aos membros da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas 72 horas para deixar a Venezuela. Se os diplomatas americanos não abandonaram a representação diplomática, e se a mesma sofrer uma intervenção militar venezuelana, então não será impossível uma invasão dos Estados Unidos na Venezuela. 

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