domingo, 20 de janeiro de 2019

Motoristas do "porquinho petista" Antonio Palocci confirmam entrega de dinheiro ao bandido corrupto Lula


Carlos Alberto Pocento e Claudio de Souza Gouveia, ex-motoristas do ex-ministro Antonio Palocci, corroboraram, em depoimento, com as declarações do delator sobre supostas entregas de dinheiro ao bandido corrupto Lula. Eles narraram à Polícia Federal "entregas de valores" e de caixas de whisky ao petista, chamado por Palocci de "barba", no aeroporto de Brasília e na sede do Instituto Lula. Eles falaram à Polícia Federal do Paraná no dia 30 de agosto de 2018, para prestar esclarecimentos sobre fatos investigados na Operação Lava Jato. O depoimento se deu um mês depois de o relator no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto, homologar a colaboração premiada do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil dos governos petistas. Em depoimento prestado ano passado, Palocci afirmou ter repassado "em oportunidades diversas" cerca de R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mil e R$ 80 mil em espécie para o próprio Lula". Palocci detalhou duas entregas de dinheiro a Lula, uma no Terminal da Aeronáutica, em Brasília, no valor de R$ 50 mil, "escondidos dentro de uma caixa de celular". A outra entrega teria ocorrido em Congonhas. Ele contou que recorda-se que a caminho do aeroporto "recebeu constantes chamadas telefônicas de Lula cobrando a entrega".

Segundo Palocci, os repasses ao bandido corrupto Lula ocorreram em 2010. O ex-ministro relatou uma conversa que teve com Marcelo Odebrecht na qual o empresário acertou o repasse de R$ 15 milhões para o ex-presidente depois que a empreiteira entrou no negócio de Belo Monte. Um dos motoristas de Palocci, Claudio de Souza Gouveia, que trabalhou para o ex-ministro desde 2002, "na época de transição do governo Fernando Henrique Cardoso", respondeu à Polícia Federal "que foram muitos os episódios em que o depoente conduziu Antonio Palocci Filho até a base aérea de Brasília/DF para levar objetos, presentes, mimos a Lula". Ele afirma que "havia pressa nos deslocamentos" e disse se "recordar de caixas de Whisky, de celulares, de canetas, por exemplo", mas que, "no entanto, nunca soube se as caixas continham efetivamente celulares e garrafas de Whisky ou outros conteúdos". Segundo Gouveia, "em muitos desses episódios, Palocci deixava apenas os objetos com Lula no terminal ou no avião e, após alguns minutos, voltava ao carro". O motorista ainda detalha que Palocci carregava dinheiro em seu veículo e que "recebia, quando necessário, recursos para combustível, por exemplo". Gouveia relata "que Palocci também carregava recursos para gastos com comitê da campanha, por exemplo e que em algumas poucas oportunidades também constatou Palocci carregando quantidades elevadas de recursos".

Segundo o motorista, "em algumas oportunidades, Palocci informava que estava carregando documentos, ao mesmo tempo que sinalizava, quando pronunciava a palavra “documentos”, gesto que sinalizava dinheiro, feito com o dedão e o indicador da mesma mão". Já Carlos Alberto Pocente diz que "em oportunidades diferentes em que o depoente levou Antonio Palocci Filho e Branislav Kontic à sede do Instituto Lula, ouviu afirmações proferidas por Palocci para Branislav relacionadas a valores para o “barba". Indagado pelos investigadores sobre quem seria o personagem identificado por “barba”, ele ‘respondeu que, pelo contexto em que os assuntos eram tratados, referia-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".

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