A Justiça do Rio de Janeiro determinou, de modo cautelar, o bloqueio de bens no valor de até R$ 7.434.466,51 do ex-prefeito Eduardo Paes, do ex-secretário de Saúde, Hans Dohmann, e de mais cinco pessoas por fraude em licitação para serviços de emergência médica durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e aceita pela juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal, houve “conluio entre todos os denunciados” para que as empresas Vida Emergências Médicas e Savior Medical Service ganhassem uma licitação no valor de R$ 8 milhões. Segundo a juíza, “os indícios trazidos nos autos apontam que, no dia 21 de junho de 2013, a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por decisão pessoal do então prefeito, decidiu arcar com o custo de quase R$ 8 milhões, sem que houvesse previsão na lei orçamentária e mesmo tendo a iniciativa privada já contratado as empresas para a execução da prestação do serviço, que consistia em serviços médicos de unidades de atendimento pré-hospitalar fixo e móvel nos bairros de Copacabana, Glória e Guaratiba”. Ana Helena também decidiu que os denunciados não devem se ausentar do País sem receber autorização da Justiça, pedida com, no mínimo, dois meses de antecedência. Paes alegou que o aluguel das ambulâncias foi feito para atender um pedido do Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude e também para garantir o atendimento à população. Os outros denunciados são: João Luiz Ferreira Costa; Flávio Carneiro Guedes Alcoforado; Mario Luiz Viana Tiradentes; Leonardo Pan Monfort Mello; Daniel Eugenio Scuoteguazza Clerici.
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