Após sinalizar que pode deixar o Brasil depois de anos de prejuízo, em um tremendo blefe, com intenção de extorsão, a GM apresentou escandalosa proposta a trabalhadores da fábrica de São José dos Campos na qual pede uma "redução drástica de direitos" como condição para realizar novos investimentos na unidade. A proposta envolve uma redução de 30% no piso salarial, de R$ 2,3 mil para R$ 1,6 mil por mês, informou nesta quarta-feira, 23, o vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos da região, Renato Almeida. Além disso, o sindicato já havia divulgado em nota que a montadora quer aumento da jornada de trabalho, adoção do banco de horas, liberação da terceirização em toda a fábrica, fim do transporte fretado, jornada intermitente e fim da estabilidade de emprego para lesionados. Ao todo, a GM faz 28 reivindicações, que só foram apresentadas aos trabalhadores do turno da manhã. Os detalhes só serão divulgados pelo sindicato após os trabalhadores da tarde serem apresentados à proposta. A empresa também está em negociação com os funcionários da fábrica de São Caetano do Sul.
Enquanto isso, a montadora realiza negociações com o governo do Estado de São Paulo, com concessionárias e com fornecedores. Segundo sindicalistas, a negociação com o governo estadual está adiantada. As conversas envolvem a antecipação de créditos no ICMS. A crise na GM começou na sexta-feira passada, quando o presidente da montadora para a região do Mercosul, o brucutu Carlos Zarlenga, distribuiu aos funcionários comunicado alertando para "o momento muito crítico" que vive a empresa. Ele informou que a empresa teve prejuízo significativo no Brasil nos últimos três anos, resultado que "não pode se repetir". O comunicado reproduziu matéria publicada pelo jornal Detroit News, sobre recente declaração da presidente mundial da GM, Mary Barra, em que ela deu sinais de que a empresa considera sair da América do Sul. "Não vamos continuar investindo para perder dinheiro", disse ela, que ganha mais de 20 milhões de dólares por ano. A GM é líder de vendas no Brasil e ninguém abandona assim um mercado que domina. Naturalmente, a GM está praticamente chantagem e extorsão aos brasileiros, em busca de resultados para manter as altas mordomias de sua direção mundial em Chicago.
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