Em sua estréia em eventos internacionais, o presidente Jair Bolsonaro discursou nesta terça-feira (22) na abertura da sessão plenária do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Em meio ao discurso de oito minutos, Bolsonaro afirmou aos líderes mundiais que o governo dele quer compatibilizar preservação do meio ambiente e biodiversidade com avanço econômico. Diante das desconfianças internacionais em relação à política do governo Bolsonaro para a preservação ambiental, o presidente brasileiro disse na abertura do fórum que o Brasil é o País que mais preserva o meio ambiente. Ele citou estatísticas para tentar demonstrar aos líderes do planeta que o agronegócio não estaria avançando sobre florestas, por exemplo. Segundo ele, a agricultura ocupa apenas 9% do território brasileiro, e a pecuário, menos de 20%. "Nossão missão é avançar na compatibilização da preservação do meio ambiente e biodiversidade com avanço econômico", discursou. Bolsonaro foi o primeiro chefe de Estado da América Latina a discursar na abertura do fórum. Cerca de 250 autoridades do G20 (grupo que reúne as 20 principais economias do mundo) e de outros países compareceram ao evento, porém, a edição deste ano tem ausências importantes. Em outro trecho do discurso, Jair Bolsonaro afirmou à plateia do fórum que assumiu a Presidência da República com uma "profunda crise ética, moral e econômica". Após dizer que não aceitou pressões políticas para montar seu ministério, o presidente apresentou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, como "homem certo" para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro. "Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido", declarou.
O encontro deve contar com apenas três líderes do G7 (grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo): o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê italiano, Giuseppe Conte. Líderes mundiais poderosos, como os presidentes Donald Trump (EUA), Xi Jinping (China), Emmanuel Macron (França), Vladimir Putin (Rússia) e os primeiros-ministros Theresa May (Reino Unido) e Ram Nath Kovind (Índia), não foram aos alpes suíços para o encontro econômico.
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