quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Uma mensagem para acalmar os corações aflitos e enchê-los de esperança sobre o futuro do Brasil neste 2019


Em poucos dias começará a Era Bolsonaro no Brasil. Ninguém pode garantir o futuro, mas pode fazer prognósticos a partir do que se vê hoje. O meu prognóstico, observando a conjuntura nacional, é de que estamos diante da possibilidade de uma virada histórica no País, capaz de mudar os rumos de nossa república encardida por mais de 80 anos de políticas estatizantes, populistas, redutoras dos cidadãos a um estado de infantilidade sem capacidade de iniciativa própria, sempre dependentes de uma figura paternal estatal. 

Jair Bolsonaro é uma figura singular na vida brasileira. Ele se tornou um "mito" para seus seguidores pelos tantos anos em que marchou contra a maré ascendente e hegemônica do discurso esquerdista. 
Nessa cruzada, Bolsonaro adotou um discurso com preponderância das questões morais, éticas, contra as políticas de grupelhos, contra o politicamente correto, na defesa da família, das crianças, etc... Ou seja, um discurso eminentemente centrado na questão dos costumes. 

Quando começou a sua campanha eleitoral para a Presidência da República, desprezada por muitos, que o consideravam não mais do que um "clown" da nova direita, esse era o discurso de Bolsonaro. 

Quando o País passou a ver aqueles videos postados nas redes sociais, com multidões cada vez maiores em todos os aeroportos em que ele descia no Brasil inteiro, então muitos passaram a considerar realmente as possibilidades dele ser eleito. Eu fui um dos primeiros. Um fenômeno assim não acontece por acaso, era um sinal mais do que evidente de que Jair Bolsonaro tinha tocado em um fio muito sensível do povo brasileiro, que estava adormecido por tanto tempo. 

Era como se ele fosse o Messias que chegava para o povo brasileiro no auge do seu desencanto. 
Por isso todo mundo gritava: "Mito, mito, mito". 

Então muitos passaram a se preocupar, era preciso dotar o candidato de um discurso econômico, de uma face econômica visível e confiável. 

E mais uma vez agiu a Providência. Lá em Shangai, na China, era o que pensava o gaúcho Winston Ling. Ele quis então falar com seu antigo quase colega na Universidade de Chicago. Conseguiu. Paulo Guedes estava na "muda". Tinha se entusiasmado com uma possível candidatura do globete Luciano Huck, e se lançado nessa empreitada. Mas a jogada deu com os burros na água. 

Enquanto todos os economistas bem engomadinhos do Brasil viam Bolsonaro com aquele olhar de esguela, de desprezo, muito cultivado na academia brasileira, Paulo Guedes respondeu a Winston Ling que se dispunha a conversar com Jair Bolsonaro. Ling ligou então para Bia Kicis, eleita deputada federal em outubro, sugerindo que ela fizesse essa sugestão a Jair Bolsonaro. O acaso contribuiu para juntar todos. Bia Kicis estava naquele exato momento ao lado de Bolsonaro, nos Estados Unidos. Passou o telefone a ele. Ling e Bolsonaro combinaram então um encontro no Rio de Janeiro. 

William Ling chegou de Shangai e se dirigiu direto ao hotel na Barra, onde mora Bolsonaro. Alugou uma sala de reuniões no hotel e promoveu o encontro. Ali, Bolsonaro e Paulo Guedes formaram uma aliança. Bolsonaro ganhou um discurso econômico, ganhou credibilidade nacional e internacional no campo econômico. 

No começo até que foi um pouco difícil, porque os economistas continuavam virando nariz ao nome de Bolsonaro. Mas, o impulso das ruas, onde a candidatura continuava funcionando como um imenso arrastão de votos, convenceu quase todo mundo. Então foi possível montar o mais consistente grupo econômico já juntado em toda a história republicana brasileira. 

Logo após as eleições, consumou-me a indicação de Sérgio Moro para o novo poderoso Ministério da Justiça e da Segurança Pública. 

Ficaram assim constituídas duas grandes linhas mestras para o governo Bolsonaro que começará em poucos dias: 1) a econômica, com Paulo Guedes; 2) a da Justiça, das leis, dos costumes, do combate à corrupção, do endurecimento dos mecanismos legais para o combate da criminalidade, com Sérgio Moro. 

As duas grandes inquietudes dos brasileiros estão contempladas. 

Na esfera econômica, a recuperação do ânimo de investidores e dos brasileiros em geral já é uma coisa indiscutível. O País respira animação. Velhos projetos são tirados das gavetas e sacudidos para limpar o pó. 

Na esteira de Bolsonaro aconteceu a mais notável renovação de quadros da política no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas. Ao contrário de Collor de Mello, que se elegeu por uma legenda de aluguel, o PRN, mas não formou bancada alguma de sustentação de seu governo. Bolsonaro chega ao poder com o mais poderoso partido de aluguel, o PSL, com a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados. É uma bancada bolsonarista, não é uma bancada do PSL. 

Jair Bolsonaro, embalado por quase 57 milhões de votos, tem a mais formidável base de apoio popular já formada na história republicana do Brasil. 

Esta base lhe dará o suporte para alcançar a aprovação que necessitará para projetos no Congresso Nacional. Mas, antes que deputados e senadores pensem em fazer o tradicional joguinho de extorsão política com o governo, para aprovação de matérias legislativas, Paulo Guedes vai dar a lição de o quanto podem ser dispensáveis Suas Excelências. 

Paulo Guedes prometeu a Jair Bolsonaro acabar com o déficit fiscal em um ano. Isso pareceria a qualquer um não mais do que uma tremenda fanfarronice. Entretanto, há uma viabilidade de que isso aconteça.

Como? Ora, Paulo Guedes buscou o antigo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de uma confortável diretoria do Banco Mundial, e o colocou na presidência do BNDES. Com uma incumbência prática, inescapável, imediata: retirar o peso do Estado dos ombros das empresas brasileiras. Esse ente dominador, o Estado, tem participações societárias em mais de 4.000 empresas nacionais, as maiores, de todos os setores. Como tem posições acionárias importantes, o Estado participa dos conselhos de administração das empresas, ingere na vida delas, subordina-as ao Estado e a suas políticas. Enfim, o Estado paternaliza as empresas, e as infantiliza, paralisa. 

A ordem de Paulo Guedes a Joaquim Levy é tirar o Estado das empresas, vender a balcão, em bolsa de valores, as participações acionárias estatais. Dar uma carta de alforria às empresas. Esse processo pode render até um trilhão de reais aos cofres da União. Dinheiro é que não falta nos mercados nacional e internacional para a compra dessas ações. Os fundos previdenciários das professorinhas de Utah, Montana, dos fundos soberanos de Cingapura, dos reinados árabes, estão ávidos por papéis que possam rentabilizar suas carteiras e garantir seus investidores. 

Ao mesmo tempo, Paulo Guedes poderá realizar ainda no primeiro semestre de 2019 os leilões de cessões onerosas de petróleo do pré-sal, movimento que poderá representar até 150 bilhões no mínimo. Desse montante, 30 bilhões ficariam com a Petrobras, e os governos estaduais e municípios seriam brindados com 20 bilhões para que possam enfrentar suas crises fiscais próprias. A contrapartida de prefeitos e governadores seria o apoio para aprovação de reformas no Congresso Nacional, como a da Previdência. 

O pacote inicial nesta área ainda se completaria com uma grande gama de desregulamentações, de modo a permitir uma maior liberdade de ação, agilidade, para empreendedores privados de todos os níveis, pequenos, médios e grandes. É inevitável que isso resulte, rapidamente, em uma aceleração dos negócios, dos empregos, da renda, e do PIB, é óbvio. Neste momento, antes da posse, já se percebe a intensa ativação negocial que está sendo retomada no Brasil em quase todos os setores econômicos. 

Na área dos costumes e das leis, nem é preciso se dizer o que é esperado de Sérgio Moro - e ele ganhou praticamente a liberdade de agir de Bolsonaro. O governo tem todas as condições para representar realmente o povo brasileiro e os seus anseios, como talvez nunca tenha acontecido antes na histórica nacional. Mais não é preciso se dizer da gestão Sérgio Moro, porque todos os brasileiros sabem o que esperar dele. Essa é mais uma garantia reunida por Jair Bolsonaro em torno de seu governo.

Enfim, o Brasil e os brasileiros estão repletos de esperança. E não é mais esperança em medidas de governos populistas, irresponsáveis, enganadores, pai dos pobres. Os brasileiros aprenderam, da maneira mais dura possível, que esse caminho só gera desgraça, das grandes, prolongada, dolorosa. Talvez deva se dizer que, com a eleição de Jair Bolsonaro, o povo brasileiro finalmente alcançou a sua maioridade e a sua independência, e com isso alcançou a representação política que buscava e não alcançava no mínimo nas últimas oito décadas. O gigante está despertando de seu sono eterno.

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