Um homem de 49 anos entrou na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior paulista, e atirou contra oito pessoas que estavam rezando no local por volta das 13 horas desta terça-feira, 11. Quatro pessoas morreram e as outras foram socorridas. Policiais entraram na igreja e dispararam contra o homem, ele caiu ferido e se suicidou. O atirador do atentado foi identificado como Euler Fernando Grandolpho. Segundo o delegado José Henrique Ventura, diretor do Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 2 (Deinter 2), Grandolpho era de Valinhos, também no interior de São Paulo, e não tinha antecedentes criminais. Em uma mochila, investigadores encontraram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Grandolpho, emitida em Valinhos, no interior. A polícia investiga onde e com quem Grandolpho morava. "O vídeo que temos (mostra) ele dentro da igreja, o que prova que estava sozinho", disse Ventura. Segundo o delegado, o atirador nunca havia sido visto na igreja. A catedral fica na região central de Campinas, e houve corre-corre na hora do ataque, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local. Para a polícia, a ação foi premeditada. "Ele não chegou atirando. Ele estava sentado, parado e quando se levantou começou a atirar nas pessoas", disse o delegado Hamilton Caviola Filho, do 1º DP de Campinas. Para o delegado, o atirador demonstrou não ser iniciante com arma de fogo: "Durante o ataque, ele consegue fazer a trocar de pente caminhando, com certa facilidade. Se não tiver experiência, a arma acaba emperrando". Houve uma missa na catedral às 12h15. As imagens das câmeras de monitoramento da igreja mostram o homem sentando nos fundos e analisando o ambiente. Depois de algum tempo, ele se levantou e passou a disparar contra os fiéis que estavam na catedral com uma pistola calibre .40mm e um revólver calibre .38mm. O atirador, que estava sem documentos, tinha ainda dois carregadores. As vítimas são quatro homens: José Eudes Gonzaga Ferreira, de 68 anos; Elpidio Alves Coutinho, Sidnei Vitor Monteiro, ambos de 67 anos, e Cristofer Gonçalves dos Santos.
Segundo o delegado, dois policiais militares que estavam do lado de fora da igreja ouviram os disparos e correram para a igreja. Um deles acertou um tiro na perna do atirador, que se matou em seguida. "Se não fosse o pronto atendimento da polícia, teria sido uma tragédia muito maior", afirmou o secretário municipal de segurança Luiz Augusto Baggio. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência socorreu os feridos para hospitais de Campinas. Uma mulher levada ao Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC-Unicamp) foi atingida nas pernas e tem quadro estável. Outros dois feridos estão no Hospital Municipal Mário Gatti e um terceiro foi internado no hospital Beneficência Portuguesa de Campinas. O delegado Ventura disse que, até o momento, não foi encontrada nenhuma conexão entre o atirador e as vítimas.
O presidente eleito Jair Bolsonaro lamentou pelo Twitter o crime ocorrido em Campinas nesta terça-feira, 11, e disse que está acompanhando a apuração junto às autoridades. “Estamos acompanhando a apuração das autoridades sobre o crime bárbaro cometido hoje na Catedral Metropolitana de Campinas, em São Paulo. Nossos votos de solidariedade às vítimas dessa tragédia e aos familiares”, escreveu Bolsonaro na rede social.
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