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sábado, 8 de dezembro de 2018

Terrorista fascista espanhol preso em São Paulo usava identidade venezuelana


O espanhol Carlos García Juliá, preso na quarta-feira em São Paulo, por ter participado de um atentado terrorista em Madri, em 1977, estava foragido no Brasil desde 2001 e utilizava uma identidade falsa venezuelana. O espanhol entrou no Brasil pela cidade de Pacaraima, no Estado de Roraima, explicou na sexta-feira o representante regional da Interpol em São Paulo, Reinaldo Campos Sperandio. Mas o detido solicitou um visto provisório apenas em 2009, quando alegou que era motorista de Uber, acrescentou Campos Sperandio. García Juliá foi registrado antes pelas autoridades brasileiras como um cidadão venezuelano com a identidade de Genaro António Materan Flores. Ele foi detido na noite de quarta-feira perto de sua residência, no bairro da Barra Funda, depois de uma longa investigação das autoridades espanholas e brasileiras, que contou com a colaboração da Interpol. Os trabalhos no Brasil começaram em maio, quando a presença do criminoso foi identificada em São Paulo, segundo o superintendente regional da Polícia Federal, Disney Rosseti. As autoridades espanholas solicitaram ao Brasil a detenção com fins de extradição, embora o pedido por parte da Espanha ainda não tenha sido apresentado formalmente.

Carlos García Juliá cumpriu 14 dos 193 anos de prisão aos quais foi condenado em 1980 por cinco assassinatos e quatro tentativas de homicídio em um escritório de advocacia no centro de Madri. Em 1994, Garcia Juliá recebeu uma permissão para viajar ao Paraguai, mas a decisão foi revogada pouco depois e a Espanha solicitou seu retorno imediato para terminar de cumprir a pena. O condenado desapareceu e iniciou então uma história de fugas pela América Latina. Desde que desapareceu na Bolívia, García Juliá teve a presença detectada no Chile, na Argentina, na Venezuela e no Brasil.

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