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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Ministério Público investiga operação do lixo de Marília


O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito e está investigando a operação dos serviços do lixo em Marília. Ele alega que a empresa contratada de forma emergencial pela prefeitura e a que fazia o serviço anteriormente fazem parte do mesmo grupo empresarial. O Ministério Público instaurou inquérito para investigar o contrato firmado entre a prefeitura de Marília e nova empresa que ficará responsável por parte da coleta e o transbordo do lixo domiciliar. O contrato foi assinado nesta semana e serviço começou na quarta-feira (19). Segundo o Ministério Público, a empresa Peralta é do mesmo grupo empresarial da Monte Azul que fazia a coleta e o transbordo até a semana passada. No documento, o promotor Oriel da Rocha Queiroz considerou que as duas empresas são consorciadas, portanto, trata-se de um mesmo grupo econômico. O promotor cita ainda indícios de emergência fabricada. 


Uma das providências requeridas pelo promotor é o envio de cópia integral do procedimento de dispensa de licitação que resultou na contratação em caráter emergencial, no prazo de 10 dias. Em nota, a Peralta Ambiental informou que não ainda não recebeu nenhuma intimação do Ministério Público. Disse ainda que mantém um consórcio com a Monte Azul na cidade de Lins. No entanto, ainda segundo a nota, não se trata de mesmo grupo econômico, sendo que cada empresa possui quadro societário e administração distintas, não mantendo qualquer relação além do consórcio mencionado. 


O serviço de transbordo começou a ser feito pela Peralta Ambiental, empresa de Santo André que foi contratada pela prefeitura de forma emergencial. Por dia são coletadas 240 toneladas de lixo na cidade. O serviço de transbordo estava parado há uma semana, ou seja, já existiam pelo menos 1680 toneladas de lixo à espera do transporte até os aterros de Piratininga e Quatá. A secretaria estima que o transbordo do lixo acumulado seja feito em até 10 dias. O contrato foi firmado por seis meses pelo valor de R$ 1,5 milhão e inclui, além do transbordo, a coleta de lixo, mas esse serviço ainda não começou. “A empresa já começou esse trabalho de transbordo para levar o lixo até Piratininga e Quatá. A coleta do lixo começa em seguida, porque já chegaram os caminhões", explica o secretário do Meio Ambiente e Limpeza Pública, Vanderlei Dolce. Enquanto isso o lixo acumula em alguns pontos da cidade. Como na lixeira de um condomínio da zona sul, onde os moradores precisaram improvisar uma lixeira. 

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