A empreiteira CCR afirmou em acordo que fez com o Ministério Público de São Paulo que doou R$ 3 milhões por meio de caixa dois para a então candidata a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente do PT, em 2010. No mesmo ano, o então senador Aloizio Mercadante (PT-SP) pediu R$ 3 milhões e recebeu R$ 1,7 milhão também via caixa dois, de acordo com a companhia. O relato da doação a Gleisi Hoffmann foi feito pelo ex-presidente da CCR, Renato do Valle, em depoimento a promotores da área de Patrimônio Público e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). De acordo com o ex-presidente da empresa, a doação para Gleisi foi solicitada por seu marido, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento do governo Lula à época do pedido. Segundo o depoimento do ex-presidente da CCR, Bernardo enviou um intermediário para tratar da entrega do dinheiro, o que teria sido feito em parcelas, por conta do alto valor. Na quinta-feira (29), a CCR, maior empresa do País de concessões de rodovias, metrô e aeroportos, assinou um acordo com o Ministério Público no qual disse ter doado R$ 44 milhões para o caixa dois de políticos, em valores corrigidos. Os nomes dos políticos citados no acordo são mantidos em sigilo, mas fazem parte do grupo o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o senador José Serra (PSDB-SP) e o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD).
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