domingo, 30 de dezembro de 2018

Doleiro Bruno Farina, sócio do megadoleiro Dario Messer, é extraditado de Assunção para o Brasil

O doleiro brasileiro Bruno Farina, preso na quarta-feira (26) no Paraguai, foi extraditado na manhã deste sábado (29) de Assunção para o Brasil, e já está preso no Rio de Janeiro. Segundo a juíza Alicia Pedrozo, que comandou a audiência de custódia de Farina na quinta-feira (27), ele "manifestou na audiência que está de acordo com essa extradição abreviada para elucidar sua situação processual". De acordo com a magistrada, a defesa do doleiro informou, por escrito, que não iria se opor com recursos a uma extradição rápida. Ao ser preso, Farina disse à imprensa paraguaia que, no Brasil, havia apenas uma investigação contra ele - na verdade, o juiz Marcelo Bretas aceitou denúncia do Ministério Público Federal em junho e o tornou réu. Também negou que estivesse fugindo da Justiça. "Estava escondido porque minha advogada do Brasil me pediu um tempo para conseguir um habeas corpus, só por isso", disse o doleiro. Dois dos seus pedidos de habeas corpus chegaram ao Supremo Tribunal Federal, mas um foi negado e outro rejeitado, sem análise, em junho. "Foi uma decisão de minha advogada, não minha. Eu não sou um fugitivo. Estava aguardando uma decisão de minha advogada", disse. 

Segundo a denúncia da Procuradoria da República, Farina e outro doleiro, Augusto Larrabure, operaram US$ 22 milhões entre 2011 e 2017. Como Messer, ele foi delatado pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Cláudio Barboza, o Tony. A colaboração resultou na Câmbio, Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Apesar de viver no mesmo condomínio em que Messer vivia, Bruno Farina diz que não o conhece.

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