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sábado, 8 de dezembro de 2018

Delegado federal que prendeu terrorista espanhol de direita diz que a lei tarda, mas não falha


O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Disney Rosseti, afirmou nesta sexta-feira, 7, que ‘a lei pode até tardar, mas não falha’, Ele se referiu à prisão do terrorista espanhol Carlos Garcia Juliá, envolvido no histórico Massacre de Atocha há quase 42 anos, em Madri. “A importância de qualquer prisão dessa natureza é de que a lei pode até tardar, mas não falha. Qualquer criminoso vai acabar sendo levado às barras dos tribunais, da Justiça. Por mais que demore, que tenha empreendido toda esta fuga, o trabalho não pára, não cessa, e ele terminará preso”, disse o superintendente. Carlos Garcia Juliá estava morando em São Paulo, onde trabalhava como motorista de aplicativo, com o nome de Genaro Antonio Materan Flores. Ele foi preso por agentes da Policia Federal que integram os quadros da Interpol na noite de quarta-feira, 5, na Barra Funda. “Ele estava residindo no Brasil como se fosse um cidadão venezuelano, com registro nacional de estrangeiros, com este nome”, afirmou o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Disney Rosseti.

A Policia Federal descobriu que Juliá entrou no Brasil pela cidade de Pacaraima, em Roraima, em 2001. Ele usava uma identidade falsa como cidadão venezuelano. Conseguiu, com este documento, tirar uma carteira de motorista no Brasil. “Ele não resistiu à prisão. Em momento algum, ele declinou que seria a pessoa. Só aqui na Polícia Federal, depois que foram feitos os comparativos e a identificação, é que ele pegou e disse que se tratava da pessoa”, afirmou Reinaldo Campos Sperandio, representante regional da Interpol em São Paulo. Carlos Garcia Juliá está condenado a 193 anos de prisão por cinco homicídios e quatro tentativas de homicídio. O atentado ocorreu no centro de Madri, na noite de 24 de janeiro de 1977. Ele estava foragido desde 1994.

O Massacre foi um atentado terrorista de extrema direita na Rua Atocha, centro da capital espanhola. O alvo dos atiradores foi um escritório de advogados e militantes do Partido Comunista. A PF passou a investigar o endereço de Carlos Garcia Juliá por meio de seus policiais que atuam na Interpol, a Polícia Internacional. A investigação levou os federais a uma residência na Barra Funda, bairro central da capital paulista. O espanhol foi identificado e preso no início da noite de quarta.

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