terça-feira, 20 de novembro de 2018

Sem privatização da Eletrobrás, governo terá de cortar R$ 12 bi

O Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que sem a privatização da Eletrobrás, o novo governo precisará cortar R$ 12 bilhões do Orçamento de 2019, dado que tais recursos são considerados na proposta de receitas e despesas realizada pela administração Michel Temer para o próximo ano: “A privatização da Eletrobrás é uma questão de diálogo entre o atual governo e a administração eleita. Trata-se de uma decisão política". “Para mim, a privatização da Eletrobras é uma solução ganha-ganha, inclusive porque o governo federal não dispõem de recursos para aplicar no setor", destacou. Mansueto manifestou muita confiança na expansão do setor de energia no País nos próximos anos, com a possibilidade do avanço de investimentos, e destacou que o tema que trata das negociações sobre a cessão onerosa que envolve a Petrobrás e o governo federal devem ser concluídas em 2019. Ele fez os comentários ao participar de evento do Bradesco BBI para investidores internacionais em Nova York.

O secretário afirmou que se o novo governo aproveitar a proposta da reforma da Previdência da administração Temer, que tramita na Câmara dos Deputados, “poderá economizar 5 meses” para ter a aprovação desta mudança estrutural pelo Congresso. E ponderou que a apresentação de um novo texto para a Previdência empurraria a aprovação para o segundo semestre. “Se utilizar a proposta que está na Câmara, a reforma pode ser aprovada no primeiro semestre. Isto ocorre porque, com a aprovação da proposta na Câmara, ela vai para o Senado e poder ser modificada amplamente a partir daquele ponto”, destacou. “Por outro lado, se o novo governo fizer uma proposta desde o início, a reforma só será aprovada pelo Congresso no segundo semestre de 2019”, apontou o secretário. Ele afirmou que é “muito importante” para o novo governo aprovar a reforma da Previdência no próximo ano. Para ele, o País sofrerá sem as mudanças nas regras previdenciárias, dado que é um dos principais problemas estruturais das contas públicas federais. E enfatizou que nas atuais condições o sistema nacional de pagamentos de pensões terá sustentabilidade inviável no médio prazo. “Há o lado positivo que há dois anos era quase impossível falar em reforma da Previdência. Mas hoje todo o brasileiro sabe da importância deste tema.”

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