O "porquinho petista" e ex-ministro Antônio Palocci fechou um acordo de delação premiada, ainda sob sigilo, que envolve acusações contra alvos com direito a foro privilegiado, como políticos com mandato. Trata-se de um novo pacote de revelações, distinto do que serviu como base para a decisão de ontem do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de conceder benefícios como a redução da pena ao ex-petista, no âmbito da Operação Lava Jato. Ex-ministro da Fazenda do bandido corrupto Lula e da Casa Civil da mulher sapiens Dilma Rousseff, Palocci teve os benefícios de seu acordo de delação fechado com a Polícia Federal, em Curitiba, validados ontem. Por maioria, os desembargadores da 8ª Turma Penal do TRF-4 acolheram pedido da defesa de Palocci no julgamento do recurso contra a condenação decretada pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, em junho de 2017. A pena de Palocci foi reduzida de 12 anos para 9 anos de prisão e foi dado o direito dele cumprir a detenção em regime semiaberto domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.
O benefício levou em conta o acordo de delação premiada fechado com a Polícia Federal em março e homologado em junho no TRF-4 pelo relator da Lava Jato, pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, que votou pela concessão dos benefícios dada a efetividade da colaboração do réu. Essa delação tem 18 termos de depoimentos que fornecem dados para cinco frentes de investigações da Polícia Federal, em Curitiba. O ex-ministro dos governos pode deixar a Custódia da Polícia Federal, em Curitiba, ainda nesta quinta-feira, 29. Palocci passará para o regime semiaberto domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. O TRF-4 determinou que a alteração do regime de pena de Palocci seja comunicada com urgência à 12ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela execução penal, para cumprimento.
O novo acordo foi fechado com o Ministério Público Federal, no âmbito dos processos do Supremo Tribunal Federal. O pacote de novos termos é ainda maior que o fechado com a Polícia Federal e homologado pelo TRF-4. Durante o julgamento do recurso de Palocci, além da efetividade da colaboração atestada pelo delegado federal Filipe Hille Pace, que fechou o acordo, foi citado sob sigilo a realização do acordo com o Ministério Público no âmbito do STF.
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