Após a polêmica da saída de seu filho do meio, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do seu grupo de transição de governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse que seus filhos têm independência e podem criticar “à vontade” suas ações. Nesta semana, Carlos anunciou que se desligaria do grupo e voltaria ao trabalho na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde tirou licença não remunerada para cuidar da campanha do pai. “Com os meus filhos, não tem problema nenhum, todos eles têm independência e podem criticar à vontade. Meus filhos continuam comigo, sem qualquer problema. Ele (Carlos) tem espaço no governo, se assim desejar”, afirmou, após participar, no sábado, de uma cerimônia de aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Pára-quedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. Carlos teria ficado irritado com a indicação do advogado Gustavo Bebianno para titular da Secretaria-Geral da Presidência da República. Bebianno é a maior desavença do vereador no núcleo próximo ao pai. O advogado também chegou a declarar que Carlos poderia ocupar a Secretaria de Comunicação da Presidência, o que foi negado posteriormente pelo vereador. Ao anunciar que sairia do grupo, Carlos escreveu em seu perfil no Twitter que “caráter não se negocia” e que, “quando há compulsão por aparecer a qualquer custo, sempre tem algo por trás”. “A procura por holofote é um péssimo indicativo do que se pode esperar de um indivíduo”, afirmou. O vereador também comunicou que não tomaria mais conta das redes sociais do pai, tarefa que exercia há quase dez anos. No sábado, Bolsonaro minimizou a declaração de Carlos e disse que seu filho continuará com esta função.
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