Cecil Rosenthal, de 59 anos (na foto, à direita), foi uma das vítimas fatais de ataque antissemita à sinagoga em Pittsburgh, nos Estados Unidos; seu irmão, David Rosenthal, de 54 anos, também morreu. As autoridades americanas identificaram neste domingo (28) as vítimas do ataque antissemita de sábado à sinagoga de Pittsburgh, nos Estados Unidos. No total, 11 pessoas morreram e 6 ficaram feridas. Morreram culpadas de apenas uma coisa, de serem judias. De acordo com o chefe da equipe médica, Karl Williams, as vítimas tinham entre 54 e 97 anos. Entre elas havia dois irmãos e um casal. Três eram mulheres e oito, homens. "Após um trabalho difícil dos legistas, as 11 vítimas foram identificadas e notificamos as famílias", afirmou neste domingo Robert Jones, agente do FBI que comanda a investigação, em uma entrevista coletiva. "Durante o curso do seu ataque mortal contra as pessoas da sinagoga, o terrorista antissemita Bowers evocou o genocídio e seu desejo de matar judeus", disse o procurador Scott Brady.
Segundo vários veículos de comunicação, o homem gritou: "Todos os judeus devem morrer". No ataque, o agressor identificado como Robert Bowers, armado com um fuzil semiautomático AR-15, abriu fogo na sinagoga Árvore da Vida, matando 11 pessoas e ferindo outras 6. Ele foi preso e o FBI está investigando o ataque como crime de ódio.
Procuradores federais apresentaram 29 acusações de crime, incluindo emprego de violência e uso de armas de fogo, além de violação de leis dos direitos civis dos Estados Unidos. O secretário de Justiça, Jeff Sessions, disse que procuradores federais podem pedir a pena de morte. Bowers deve se apresentar perante um tribunal na tarde desta segunda-feira. O prefeito de Pittsburgh, Bill Peduto, disse que discorda dos comentários do presidente Trump de que templos religiosos devam ser protegidos com guardas armados e defendeu um controle de acesso a armas: “Não deveríamos tentar achar maneiras de minimizar os perigos de um comportamento irracional. Acredito que a abordagem que devemos olhar é como tirar as armas – que são o denominador comum de todo tiroteio em massa nos Estados Unidos – das mãos daqueles que estão tentando expressar ódio através de assassinato”, disse o prefeito. É outro liberal esquerdopata, com toda certeza.
O FBI informou que Bowers não tinha ficha na polícia. Mas ao que tudo indica é o autor de uma série de publicações antissemitas na internet, em especial no site Gab, onde são publicadas teorias da conspiração. Uma frase na página de Bowers afirmava: "Os judeus são filhos de satã", de acordo com imagens de tela de sua conta, que já foi suspensa, obtidas pelo grupo SITE, que monitora movimentos extremistas.
A página Gab, lançada em 2016 com base no modelo do Twitter, foi obrigada a interromper suas atividades. O site informou no sábado que a Joyent, empresa que dá acesso a internet, vai cessar seus serviços a partir desta segunda-feira. O agente especial Bob Jones disse que a cena do crime foi a pior que ele viu em 22 anos no FBI. Ele disse acreditar que Bowers agiu sozinho, acrescentando: "Nós não temos conhecimento de que ele era conhecido pela polícia antes de hoje".
Jones disse que Bowers estava armado com um rifle de assalto e três pistolas. Ele disse que autoridades acreditam que o suspeito entrou na sinagoga, assassinou os fiéis e estava indo embora quando encontrou um policial uniformizado. Os dois trocaram tiros, disse Jones, e Bowers retornou ao prédio antes que a equipe da SWAT chegasse. Depois de um tiroteio, ele se rendeu.
Bowers foi levado a um hospital onde deu entrada em condição boa e com múltiplos ferimentos por arma de fogo. As vítimas foram levadas para hospitais da área, incluindo uma mulher de 61 anos, um homem de 70 anos e um policial de 55 anos. Nenhuma criança foi morta, disseram autoridades. Três policiais foram atingidos por tiros e um foi ferido por estilhaços. Duas das seis pessoas feridas estava em condição crítica. No sábado, o presidente americano Donald Trump condenou "o mal histórico do antissemitismo" e lamentou as mortes. "Nós lamentamos pelas perdas impensáveis de vida que aconteceram hoje e nos comprometemos em seus nomes a lutar por um futuro de justiça, segurança, tolerância, moralidade, dignidade e amor". Ele também disse que "parece definitivamente um crime antissemita".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, escreveu em sua conta no Twitter: "Todo o povo de Israel chora com as famílias dos falecidos. Somos solidários com a comunidade judaica de Pittsburgh. Somos solidários com o povo americano diante desta violência antissemita horrível". "Pensamos nas famílias daqueles que foram assassinados e rezamos pela rápida recuperação dos que ficaram feridos", disse o presidente de Israel, Reuven Rivlin. O papa Francisco chamou neste domingo (28) o massacre de "ato desumano" e pediu a extinção de "focos de ódio". "Na realidade, todos estamos feridos por este ato desumano de violência", afirmou após a bênção do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, antes de pedir o "fim dos focos de ódio que se desenvolvem em nossa sociedade". O bloco da Comunidade Européia afirmou que o tiroteio "mostra a magnitude da onda de antissemitismo" que está se espalhando por vários países. A declaração foi emitida em nota pela porta-voz da Alta Representante da UE para Assuntos Exteriores, Federica Mogherini, e também transmitiu condolências aos familiares e amigos dos afetados e às autoridades americanas pelo fato. "A UE reafirma sua forte condenação do antissemitismo e de qualquer incitação ao ódio e à violência. Vivemos no nosso continente as consequências devastadoras e imperdoáveis do antissemitismo e do ódio, que nunca podem ser esquecidas", afirma a comunicado. "Todos devemos nos levantar com determinação contra o antissemitismo. Em todas as partes", declarou a chanceler alemã Angela Merkel. O presidente francês Emmanuel Macron condenou o atentado "antissemita de Pittsburgh": "Meus pensamentos estão com as vítimas e meu apoia a seus parentes". "Hoje os canadenses estão incondicionalmente com a comunidade judaica de Pittsburgh, que sofreu um ataque antissemita horrível quando orava", escreveu o primeiro ministra do Canadá, Trudeau, no Twitter.
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