O juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que comanda os processos da Operação Lava Jato, estará reunido a partir das 9 horas desta quinta-feira com o presidente eleito Jair Bolsonaro, em sua casa, no Rio de Janeiro. Ele aceitou viajar para o encontro após uma longa reunião com emissário especial de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, futuro ministro do superministério da Economia. Sérgio Moro foi convidado para assumir a chefia do Ministério da Justiça. Este ministério assumiria um grande poder no novo governo, inclusive tendo em sua órbita o Coaf (comitê de rastreamento de atividades financeiras); também uma poderosa secretaria de combate à corrupção, além da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e a da secretaria nacional de segurança pública.
Sérgio Moro no ministério de Jair Bolsonaro conferirá ao governo um poderoso selo de apresentação para o mundo inteiro, e um compromisso formal do governo na continuidade do combate à corrupção no País, e um clima de intensa cooperação internacional nessa tarefa. Mostrará também ao mundo que é um governo comprometido com o Estado Democrático de Direito e com a aplicação justa das leis.
Com Sérgio Moro no Ministério da Justiça, o futuro presidente da República, Jair Bolsonaro, estará passando um poderoso recado ao Supremo Tribunal Federal: podem esperar, porque Sérgio Moro chegará aí, na primeira oportunidade, assim que surgir uma vaga. Por consequência, na STF, Moro mudará a composição da Supremo Corte e acabará com a mamata protagonizada por ministros como Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mendes e Dias Toffoli.
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