segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Procurador Carlos Fernando Lima afirma que foi o voto anti-PT que elegeu Jair Bolsonaro


O procurador federal Carlos Fernando do Santos Lima, o decano da Operação Lava Jato em Curitiba, se posicionou sobre a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições 2018 à Presidência da República: “A democracia pune aqueles que enganam o povo, e Bolsonaro hoje foi um instrumento dessa punição". Em seu perfil no Facebook, o decano da Lava Jato – que deixou a força-tarefa há dois meses para se aposentar – escreveu que “agora é hora de mostrar que é possível algo diferente, dentro das regras constitucionais”. “Pois se não muitos perderão a confiança de que é possível um governo justo, honesto e para toda a população”, escreveu. Um dos porta-vozes da Lava Jato, ao lado do coordenador do grupo, procurador Deltan Dallagnol, Carlos Lima chegou a ser alvo de ação movida pelo bandido corrupto Lula por suas declarações. O berço do escândalo Petrobrás deu votação expressiva a Bolsonaro. “O difícil não é saber perder, o difícil é saber ganhar, diz uma música que gosto muito. Hoje Bolsonaro ganhou a eleição para presidente com uma margem que não deixa dúvidas quanto à decisão da maioria da população".

O procurador lembrou do peso do voto “anti-petista” na eleição de Bolsonaro e citou os esquemas de corrupção, combatidos pela Lava Jato. “Agora é esperar que o capitão reformado e deputado federal não seja arrogante e compreenda que os votos que o tornaram presidente não foram porque a maioria dos eleitores o acha um mito, ou sequer porque tem certeza das reais propostas de sua candidatura, mas apenas porque reapresentou o voto anti-PT”, escreveu:  “O País não aceita mais que lhe vendam esperança e no governo lhe entreguem mais do mesmo esquema político corrupto de sempre". 

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