A imprensa do centro do País noticia que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o ex-advogado do PT e subordinado do bandido corrupto José Dirceu, está propondo um pacto nacional pelo desenvolvimento do Brasil. Ele não cita Jair Bolsonaro, mas é evidente que a proposta se dirige ao presidente eleito. Ele diz em O Globo: “Amanhã, o cidadão brasileiro projetará nas urnas seus anseios políticos e participará, mais uma vez, do ritual de renovação da democracia para um novo ciclo. Tão logo eleitos o novo presidente da República e os governadores estaduais e distrital, o Brasil precisará encontrar um ponto de união em meio às diferenças. É necessário trilhar um caminho conjunto na busca por soluções para os problemas pungentes do Brasil contemporâneo. Proponho a celebração de um grande pacto que envolva os três Poderes da República, com a participação da sociedade civil, adotando-se o diálogo e a ação coordenada como meios de pensar e agir a respeito do futuro da Nação naquilo que é essencial para seu equilíbrio. O Brasil tem de retomar o caminho do desenvolvimento, voltar a crescer, gerar empregos, recobrar a confiança dos investidores, retomar o equilíbrio fiscal e criar condições para atender às necessidades básicas da população". Dias Toffoli conclui: “A celebração de um pacto nacional é não só necessária, mas premente. Com o devido diálogo, realizaremos as almejadas reformas dentro de um quadro de segurança jurídica. O Supremo Tribunal Federal exercerá o importante papel de árbitro dos eventuais conflitos, garantindo a solidez, a segurança jurídica e a paz social, função última da Justiça".
É preciso lembrar a ele que juiz não tem voto. Não cabe aos juízes outra coisa senão cuidar da aplicação da lei. Juiz não disputa eleição e não deve se arrogar a ombrear com aquele que emerge com o Poder derivado da vontade soberana dos brasileiros, expressa por meio do voto, das urnas. Essa é a única e verdadeira fonte do Poder. É bom que o Supremo e seus ministros entendam rapidamente o sentimento que emergirá das urnas neste domingo. O melhor que o Supremo pode fazer pelo Brasil é garantir o amplo sucesso de investigações da Lava Jato e dos processos derivados dela. Essa é a única contribuição esperada do Poder Judiciário para o estabelecimento da paz social no Brasil. E não é o que se tem visto até agora. Do jeito como esse negócio está sendo proposto por Toffoli, parece que ele está querendo tutelar o novo presidente e intimidá-lo com imposições, do tipo "ou dá certo conosco, ou não dará certo". O melhor que Toffoli poderia fazer pela paz social no País seria: 1) garantir que a Operação Lava Jato terá todo o apoio; 2) calar a boca e fazer o seu trabalho. Dias Toffoli não tem passado que o recomende para o papel que está se oferecendo a desempenhar.
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