O ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Claudio Lopes, foi afastado das funções por suspeita de ligação com o esquema criminoso montado pelo ex-governador. o ladrão emedebista Sérgio Cabral (MDB), preso desde novembro de 2016 e já condenado a 183 anos de reclusão. O afastamento de Claudio Lopes foi decretado judicialmente na quinta-feira, 11. Ele é acusado de ter recebido propinas para não investigar atos ilícitos do governo do emebista Sérgio Cabral. Na terça-feira, 9, Claudio Lopes foi denunciado criminalmente pelo procurador-geral em exercício, Ricardo Ribeiro Martins, que lhe atribui corrupção passiva, formação de quadrilha e quebra de sigilo. A medida atinge Claudio Lopes, procurador-geral entre 2009 e 2012 (governo Sérgio Cabral). A prisão do ex-procurador-geral chegou a ser requerida, mas a medida não foi decretada. Além do ex-procurador-geral, o Ministério Público do Rio de Janeiro acusa o próprio Sérgio Cabral, seu ex-secretário de governo Wilson Carlos e Sérgio de Castro Oliveira, o "Serjão", operador do grupo. Todos foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e quebra de sigilo funcional, crimes que teriam sido cometidos entre o final de 2008 e dezembro de 2012.
“A organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral foi responsável pela prática de diversos crimes na execução de obras custeadas com recursos federais captados pelo Governo do Estado do Rio”, afirma a denúncia oferecida pelo procurador-geral de Justiça em exercício, Ricardo Ribeiro Martins, que assumiu o comando do Ministério Público do Estado no dia 4 – quando Eduardo Gussem se desincompatibilizou da função, em observância às regras da eleição para a procuradoria-geral de Justiça no biênio 2019/2021. No âmbito da Corregedoria-Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro está em andamento procedimento disciplinar sob sigilo. A investigação mostra que o operador financeiro do ex-governador, Carlos Miranda, que se tornou delator, fez revelações importantes sobre o envolvimento de Claudio Lopes. As afirmações de Miranda foram confirmadas por "Serjão". Claudio Lopes teria sido convidado pelo ex-secretário de Governo Wilson Carlos para integrar a organização do ex-governador. Carlos seria o entregador de propinas ao ex-chefe do Ministério Público do Rio de Janeiro.
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