Assine Vitor Vieira Jornalismo

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Eliana Calmon apoia Jair Bolsonaro e diz que fará ponte com Poder Judiciário

A ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Eliana Calmon, vai apoiar e engajar-se na campanha de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência da República neste segundo turno. Conhecida por sua atuação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), onde ganhou notoriedade após afirmar que existem "bandidos de toga", Calmon é filiada à Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, e em 2014 chegou a disputar o Senado pela Bahia, sendo derrotada nas urnas. O apoio a Bolsonaro foi firmado após uma longa conversa, por telefone, com o capitão da reserva, na quarta-feira (10). Na conversa, Calmon acertou com o candidato do PSL que não ocuparia cargos em um eventual governo, mas atuará como uma espécie de conselheira e ponte com o Poder Judiciário. Nestes próximos dias, Eliana Calmon deve gravar um vídeo de apoio a Jair Bolsonaro que deve ser divulgado nas redes sociais e no horário eleitoral do candidato do PSL.

A ministra aposentada disse que tomou a decisão depois de ter lido o programa de governo do candidato Fernando Haddad (PT). Citou a proposta de redefinir a composição do CNJ com a inclusão de membros de fora das corporações do Sistema de Justiça no órgão. "Fiquei muito assustada com o que eu li [no programa de governo], fiquei perplexa. Não sei como será um futuro governo Bolsonaro, mas o do PT eu já vi e não gostei", afirmou. Ela também critica o fato de a candidatura de Haddad estar atrelada ao nome do bandido corrupto Lula, que cumpre pena em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro: "Me preocupa pensar que uma pessoa possa comandar o governo de dentro da cadeia".

Eliana Calmon afirmou que, em sua conversa com Bolsonaro, o capitão da reserva comprometeu-se a empunhar duas de suas principais bandeiras - o combate à corrupção, o fortalecimento dos órgãos de investigação e a defesa das mulheres. A ex-ministra afirma ser feminista e defende pautas como a igualdade salarial entre homens e mulheres. Ela diz ter conversado com Bolsonaro sobre o assunto e o capitão da reserva teria afirmado que defenderá a pauta da igualdade salarial. "Estamos afinados neste assunto". 

Nenhum comentário: