quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Datafolha aponta que Jair Bolsonaro mais do que dobra vantagem sobre Haddad entre os eleitores evangélicos

Seis em cada dez evangélicos têm em Jair Bolsonaro (PSL) seu candidato a presidente, mais do que o dobro do que o poste petista Fernando Haddad (PT) pontua nessa fatia do eleitorado, 25%, segundo pesquisa Datafolha realizada nesta quarta-feira (10). A média de Bolsonaro cai para 49%, e a do adversário salta para 36% quando se leva em consideração eleitores de todas as religiões e também quem não possui um credo ou é agnóstico. Considerando apenas os votos válidos (que excluem brancos/nulos e indecisos), o contingente evangélico que vota no capitão reformado sobe para 70%, e o que escolhe o petista vai a 30%. Católicos dão uma vantagem grande a Bolsonaro, mas de 46% contra 40% do petista. Juntos, evangélicos (31%) e católicos (55%) formam o maior bloco religioso do Brasil. Nos dois grupos, o quinhão de indecisos sobre quem votar é o mesmo, 6%. A disposição em votar branco ou nulo é de 8% entre católicos e de 9% entre evangélicos. No eleitorado evangélico, o melhor desempenho de Bolsonaro se dá com pentecostais (63%), segmento que abarca a maior denominação dessa fé no País, a Assembleia de Deus.

Os neopentecostais, de igrejas como a Universal (de Edir Macedo, outro bolsonarista) e a Mundial do Poder de Deus, dão ao capitão reformado 55% das intenções de voto. Ele vai melhor nas chamadas igrejas evangélicas tradicionais (como a metodista e a presbiteriana), com 58%. O endosso de Marina Silva (Rede), a única presidenciável evangélica no páreo neste ano, é praticamente irrelevante para evangélicos: só 12% dizem que um aceno dela os levariam a escolher um candidato. Um apoio de Ciro Gomes (PDT) seria considerado por 37% desse segmento, e o de Geraldo Alckmin, por 15%. 

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