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terça-feira, 11 de setembro de 2018

O ex-governador Beto Richa, sua mulher Fernanda e o irmão Pepe são presos nesta manhã de terça-feira em Curitiba


O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e a sua mulher Fernanda Richa foram presos na manha desta terça-feira,11, no apartamento onde residem no bairro Ecoville, em Curitiba. Deonlison Roldo, que é ex-chefe de gabinete do ex-governador, também foi preso, no bairro Tingui, onde mora. As três prisões são temporárias, com validade de cinco dias. Beto Richa é candidato ao Senado e, na última pesquisa, aparecia em segundo lugar na corrida eleitoral com 28% das intenções de voto. Os mandados de prisão contra os três foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e são oriundos de um investigação sobre o programa Patrulha Rural, batizada de Operação Rádio Patrulha. O empresário Joel Malucelli, dono da J. Malucelli, é outro alvo de prisão do Gaeco. Ele também é dono da Band, da BandNews, da CBN e do Metro Jornal, em Curitiba. Porém, as informações disponíveis até o momento são de que ele não teria sido encontrado em casa. As empresas Cotrans, Ouro Verde e J. Malucelli são investigadas por fraude no programa Patrulha do Campo. Até as 9 horas desta terça-feira, tinham sido presos Fernanda Richa, esposa de Beto Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social; Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do ex-governador; Pepe Richa, irmão de Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura; Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial de Beto Richa; Luiz Abib Antoun, parente do ex-governador; Edson Casagrande, ex-secretário de Assuntos Estratégicos, e Celso Frare, empresário da Ouro Verde. O ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Rodo, também é alvo de prisão da Polícia Federal na 53ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Operação Piloto, deflagrada também nesta manhã. A casa onde Beto Richa e Fernanda Richa moram é alvo de busca e apreensão pela Lava Jato.


Em mais uma ação ostensiva decorrente da chamada Operação Lava Jato, a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 11, a Operação Piloto, nos Estados da Bahia, São Paulo e Paraná. Aproximadamente 180 Policiais Federais cumprem 36 ordens judicias nas cidades de Salvador/BA, São Paulo/SP, Lupianópolis/PR, Colombo/PR e Curitiba/PR. O objetivo da investigação é a apuração de pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados no Estado Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada. As condutas investigadas podem configurar, em tese, os delitos de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. O nome dado à operação policial remete a codinome atribuído pelo Grupo Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos indevidos a investigado nesta operação policial. Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça.

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