
“As doações eleitorais foram feitas em caráter pessoal e seguem as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral e demais normas aplicáveis”, afirmou ele. Do total doado de R$ 6,3 milhões, R$ 1,1 milhão foi destinado a dez candidatos que são alvo de investigação na Lava Jato. Esses políticos, de oito partidos e cinco Estados, receberam entre R$ 50 mil e R$ 250 mil. Um dos candidatos que receberam doações de Ometto é o ex-líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (Avante-SP), preso no ano passado na Lava Jato e solto sob fiança. Ele tenta voltar à Câmara, enquanto responde a ação penal na 13ª Vara Federal de Curitiba. O empresário foi o único doador da campanha. Fez um repasse de R$ 50 mil. Alguns dos candidatos que receberam recursos do empresário atuam em setores de interesse do grupo Cosan. A Raízen, controlada pelo grupo, é uma gigante do setor energético, principal fabricante de etanol no País.
O deputado federal e ex-secretário da Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim (PPS-SP), recebedor da maior doação direta do empresário, de R$ 250 mil, tem em comum com Ometto a formação em Engenharia na Politécnica da USP e a atuação nos setores energético e agrícola. Jardim é alvo de inquérito no Supremo por suspeita de ter recebido caixa 2 de R$ 50 mil da Odebrecht em 2010. Arnaldo Jardim disse que tem relação bastante antiga com Ometto. “Sou coordenador da frente parlamentar em apoio ao setor sucroenergético. Tenho relação pessoal e identidade do ponto de vista de setores em que ele atua”, afirmou.
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