quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Alckmin diz que governo Temer é problema porque não tem voto e afirma que PT só prioriza Lula

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, se preocupou em se desvincular do governo de Michel Temer (MDB) em entrevista na manhã desta quinta-feira, 13. Ele disse ter sido contra o partido ingressar no governo, a que se referiu como "um grande problema porque não tem voto". "O PSDB não tem nada a ver com esse governo, totalmente distanciado do povo. Partido moderno dialoga com o povo, presta conta", afirmou, acrescentando que o "PT que escolheu o Temer". Alckmin disse ainda que há "vários tons do PT" entre os seus adversários, numa referência à expressão utilizada por Guilherme Boulos (PSOL), que costuma dizer nos debates que "há vários tons de Temer" entre os candidatos. "Você tem vários tons do PT e dos adoradores de Lula, como Ciro, Marina, Boulos e até Meirelles como presidente do Banco Central, no governo PT", disse o ex-governador de São Paulo. O candidato afirmou também que "a prioridade do PT não é o partido, é o Lula". O candidato disse também que as eleições 2018 ano são "atípicas" e que "ninguém está garantido no segundo turno". "Não sou melhor do que ninguém, as propostas não são iguais. Mas também eu tenho um diferencial, nós fizemos", afirmou. Ao ser questionado se não achava que nem Jair Bolsonaro (PSL) já estaria garantido no segundo turno, ele disse ser contra candidatos populistas, seja de esquerda ou direita. "Isso de aventureiros tem consequências lá na frente. Não leva a lugar nenhum", afirmou. (OESP)

Alckmin comentou a prisão do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e da operação que teve como alvo o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja(PSDB), acusados de corrupção. Alckmin se disse surpreso com os acontecimentos e afirmou que "as pessoas citadas devem se explicar".  "Toda a sociedade brasileira quer que se punam os culpados e absolvam os inocentes. Não passamos a mão na cabeça de ninguém", disse. O candidato afirmou também que foi o único do partido que votou contra a reeleição de Aécio Neves (PSDB) na sigla e que, na época, "não tinha denúncia nenhuma contra ele". "Foi prorrogado contra a minha posição (a direção do partido), assim como fui contra ingressar no governo Temer", declarou. O ex-governador de São Paulo disse também que nunca teve liderança no partido e que se dedicou oito anos ao governo do Estado.

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