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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Israel diz que terrorista atirador de Gaza era enfermeiro dos Médicos Sem Fronteiras

O governo de Israel disse na quinta-feira que um atirador palestino morto por suas forças na fronteira da Faixa de Gaza nesta semana era enfermeiro da organização Médicos Sem Fronteiras e que espera uma explicação do grupo de assistência internacional. O Cogat, escritório israelense de ligação com Gaza, identificou o palestino como Hani Majdalawi e disse que ele morreu baleado na segunda-feira depois de atirar e lançar uma granada contra soldados. "Procuramos os Médicos Sem Fronteiras para pedir esclarecimentos sobre o assunto", disse um porta-voz do Cogat. A organização administra três centros de queimaduras e traumatismos em Gaza, cujos governantes terroristas islâmicos do Hamas se envolveram em três guerras contra Israel na última década. Autoridades de Gaza não confirmaram a morte de Majdalawi, dizendo que para isso precisam do corpo, que acreditam estar sendo retido por Israel. Nenhuma facção armada palestina reconheceu Majdalawi como membro.

Reagindo a reportagens da mídia israelense sobre a morte de Majdalawi, seu irmão, Osama, descreveu-o no Facebook como um "mártir" que "comprou a arma com o próprio dinheiro" e agiu de forma "completamente independente". A postagem no Facebook disse que Hani Majdalawi, que era casado e tinha 28 anos, trabalhou para os Médicos Sem Fronteiras e que era "o mais estável de seus irmãos social, psicológica e economicamente". Gaza tem testemunhado uma onda de confrontos que já dura quase cinco meses na fronteira, onde palestinos vêm realizando manifestações incendiárias em massa, às vezes violentos, provando a reação do Exército israelense.

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