A 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre acaba a denúncia contra o ex-presidente, ex-diretores e mais dois funcionários do Badesul, todos do governo petista de Tarso Genro. Agora toda a ex-diretoria é ré. Os principais acusados são Marcelo Lopes, ex-presidente; Pery Sperotto, ex-vice-presidente; Lindmar Verbiski, ex-diretor de Operações; Luís Algberto Bairros, ex-diretor Administrativo. Eles foram investigados pela concessão de financiamentos que causaram prejuízos ao Badesul. Tudo tem relação com ao fracassado Polo Naval do Jacuí. Os ex-diretores fizeram tudo que não era permitido para viabilizar o Polo Naval do Jacui, que era inviável e morreu antes de nascer. O Ministério Público estadual requer que eles devolvam aos cofres públicos estaduais R$ 99,8 milhões, quantia que corresponde ao dano patrimonial causado ao erário, segundo parecer contábil anexado ao processo, pelo empréstimo do Badesul concedido à empresa Wind Power Energia, em março de 2013, durante o governo Tarso Genro (PT). Também existem denúncias no caso do empréstimo viciado de R$ 71 milhões para a Iesa Óleo e Gás. No governo Tarso Genro (PT), de 2011 a 2014, o Badesul multiplicou a liberação de financiamentos para clientes de risco. A política resultou em calotes porque parte das empresas não fez os investimentos projetados nem pagou as prestações. A aposta do governo era injetar recursos na modernização da economia do Estado, mas houve equívocos de avaliação de garantias, concentração de empréstimos em poucos clientes e baixas taxas de rentabilidade. Três exemplos de inadimplência são os financiamentos à Iesa Óleo e Gás, à Wind Power Energia e à D’Itália Móveis. O Banco Central pediu explicações sobre as operações com a Iesa e a Wind Power. O TCE abriu duas inspeções extraordinárias. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) rebaixou, em 14 de setembro de 2016, a nota da agência gaúcha a zero, impossibilitando a captação de recursos da instituição federal. Isso praticamente inviabilizava o Badesul, que busca 98% dos seus capitais no BNDES. No dia 28 daquele mês, o Badesul apresentou plano de contingência e recuperou a nota de 2,2, o que garantiu margem para tomar cerca R$ 130 milhões no BNDES. Em 13 de março de 2017, a sindicância da Procuradoria Geral do Estado responsabilizou 23 pessoas, a maioria por improbidade administrativa, pelas falhas nos contratos de financiamento. É inacreditável que órgãos como a Procuradoria Geral do Estado e o Ministério Público Estadual levem cinco anos para encaminhar uma ação à Justiça. Portanto, anote aí: mantenha sua expectativa muito baixa quanto ao resultado desse processo.
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