Ana Clara Ramos, uma das tias de Emanuele e que ajudou a cuidar da sobrinha nos seus últimos 30 dias de vida no hospital, conta que foi um processo muito doloroso para a família, principalmente para o filho de 15 anos, o marido e os pais. "Primeiro, a descoberta do câncer quando já era tarde demais. Depois, três anos de altos e baixos, com um final de muito sofrimento. Agora, queremos justiça, não só por ela, mas para que outras pessoas não precisem passar por isso", afirma Ana Clara.
Em julho de 2017, seis profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros da UBS, enviaram memorando para a Secretaria de Saúde de Pelotas, preocupados com resultados de exames de pré-câncer analisados pelo laboratório SEG, de Pelotas. Entre janeiro de 2014 e junho de 2017, com média de 250 exames anuais, não surgiram casos de doentes, todos resultados “negativos para malignidade”. Enquanto que, entre 2006 e 2013, com média de 760 exames anuais, o número de pacientes com câncer foi em torno de 40 por ano. No documento, consta que a paciente Ieda de Ávila fez dois exames pré-câncer, em 2015 e 2017, apresentando lesão, mas cuja conclusão foi “negativo para malignidade”. Meses depois, ela foi diagnosticada com câncer de colo de útero. As solicitações e resultados de exames pré-câncer da rede pública são registrados no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), do Ministério da Saúde. De acordo com a médica Claudete Mariza Dias Correa, 75 anos, responsável técnica do Serviço Especializado de Ginecologia (SEG), todos os exames nos quais não foi possível visualizar as células por causa de inflamação ou infecção nas amostras são lançados no SISCAN como casos de “negativo para malignidade”. Conforme a médica, o SISCAN só permite duas opções para o laudo: com câncer ou sem câncer. Não há opção “inconclusivo”. Entretanto, Claudete explica que, nos casos com a presença de infecções ou inflamações, ela informa isso no laudo para que o médico trate a paciente para depois refazer o exame.
Em julho de 2017, seis profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros da UBS, enviaram memorando para a Secretaria de Saúde de Pelotas, preocupados com resultados de exames de pré-câncer analisados pelo laboratório SEG, de Pelotas. Entre janeiro de 2014 e junho de 2017, com média de 250 exames anuais, não surgiram casos de doentes, todos resultados “negativos para malignidade”. Enquanto que, entre 2006 e 2013, com média de 760 exames anuais, o número de pacientes com câncer foi em torno de 40 por ano. No documento, consta que a paciente Ieda de Ávila fez dois exames pré-câncer, em 2015 e 2017, apresentando lesão, mas cuja conclusão foi “negativo para malignidade”. Meses depois, ela foi diagnosticada com câncer de colo de útero. As solicitações e resultados de exames pré-câncer da rede pública são registrados no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), do Ministério da Saúde. De acordo com a médica Claudete Mariza Dias Correa, 75 anos, responsável técnica do Serviço Especializado de Ginecologia (SEG), todos os exames nos quais não foi possível visualizar as células por causa de inflamação ou infecção nas amostras são lançados no SISCAN como casos de “negativo para malignidade”. Conforme a médica, o SISCAN só permite duas opções para o laudo: com câncer ou sem câncer. Não há opção “inconclusivo”. Entretanto, Claudete explica que, nos casos com a presença de infecções ou inflamações, ela informa isso no laudo para que o médico trate a paciente para depois refazer o exame.
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