O Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que o consumidor brasileiro terá prejuízo de R$ 23 bilhões em 30 anos, ou R$ 774,4 milhões por ano com a substituição da construção da usina hidrelétrica São Luiz de Tapajós por termelétricas. Parado há cerca de 10 anos por afetar terras indígenas, Tapajós também evitaria a emissão de 6,5 milhões de toneladas de CO2 anuais que seriam gerados por uma termelétrica a gás natural de ciclo combinado, considerada uma das menos poluentes numa comparação com outros combustíveis, como óleo diesel ou carvão. O parecer do ministro relator Augusto Sherman foi publicado na semana passada no acórdão do processo de monitoramento das ações do governo no setor elétrico, iniciado em 2008. No documento, o TCU recomenda que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) leve em conta alternativas às termelétrica fósseis ao elaborar seu Plano Decenal de Expansão de Energia, como a construção de hidrelétricas. Na última versão, com horizonte para 2026, a usina de Tapajós foi excluída pela dificuldade de se obter licença ambiental. A construção de grandes hidrelétricas no País foi interrompida após a construção das usinas do rio Madeira (Jirau e Santo Antônio), em Rondônia, e Belo Monte, no Pará, por dificuldade de se obter o licenciamento do Ibama.
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