Rádio corredor do Banrisul comenta a mil a montagem do mais fabuloso plano de demissão voluntária para beneficiar a alta casta do banco

A instituição mais antiga e quase sempre bem fundamentada do Banrisul é a chamada "Rádio Corredor". Trata-se do famoso boca a boca. Ela antecipa quase tudo que vai ocorrer. No momento é intenso o comentário de que a atual diretoria do banco prepara um novo plano de aposentadorias incentivadas dentro da instituição. Normalmente, esses planos oferecem ao empregado 40% do salário por ano trabalho. O plano em gestação agora preveria uma grande alavancagem, passando a ser ofertado ao funcionário interessado um salário bruto por cada ano trabalhado. Como altos funcionários que chegaram ao topo da carreira dentro do Banrisul têm entre 35 e 40 anos de trabalho no banco, e cada um ganha até 40 mil reais por mês, poderia sair com algo como até dois milhões de reais. Esses funcionários já são altamente beneficiados atualmente com o pagamento semestral de gratificações que podem alcançar até 150 mil reais para os cargos no topo da instituição. O plano de incentivo à aposentadoria estaria sendo providenciado na medida por uma diretoria que saber que o Banrisul não tem futuro, será inevitavelmente privatizado ou federalizado, com o Estado do Rio Grande do Sul perdendo o seu controle. O fato é que a atual direção do Banrisul, a primeira composta apenas de funcionários do banco em toda a história da instituição, está "forrando o bolso". Como ela detém informações privilegiadas, pode prever o futuro e as suas ações, em fim de gestão, na iminência de um novo governo assumir o Palácio Piratini, estaria encaminhando a solução de seus problemas. Algumas medidas da atual administração do Banrisul já estão sendo investigadas, como as últimas vendas de ações. É inevitável a entrada em campo da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Receita Federal, da Comissão de Valores Mobiliários e do Tribunal de Contas. Nessas investigações, os fiscais, policiais e demais investigadores devem prestar atenção à solidez das variadas operações de crédito do banco. Também devem investigar as atividades de altos funcionários envolvidos com administração de fundos privados, que inclusive dominam famoso prostíbulo da capital gaúcha. Também deveriam investigar o movimento intenso de "pedaladas" de operações em final de governo.