terça-feira, 3 de julho de 2018

Megaoperação prende 170 suspeitos de integrar facções criminosas em Minas Gerais

O Ministério Público de Minas Gerais, em parceria com as polícias civil e militar, cumpriu mais de 170 mandados de prisão em todo o Estado na manhã desta terça-feira, 3. Batizada "O Regresso", a megaoperação mira suspeitos de integrar facções criminosas que estavam foragidos da Justiça ou haviam evadido o sistema prisional mineiro. Segundo o promotor de justiça e coordenador do Centro de Apoio das Promotorias Criminais do Ministério Público Henrique Nogueira Macedo, os setores de inteligência das duas polícias realizam trabalhos de monitoramento, identificação e localização dos suspeitos em todas as 19 regiões integradas de segurança pública do Estado. As investigações começaram em abril e tinham como prioridade levar à prisão alvos envolvidos em crimes graves que continuavam ativos em Minas Gerais. Alguns mandados já haviam sido cumpridos, mas a maioria das prisões foi efetuada nesta manhã. "Tivemos o cuidado de selecionar crimes graves, então a maior parte deles são de homicídios e latrocínios", disse Macedo. "Depois, seguimos o critério de atualidade a partir de informes das policiais civil e militar que informavam que os alvos ainda se dedicavam à prática criminosa".

Até o fim da manhã, a Polícia Civil informa que foram cumpridos 174 mandados de prisão em todo o Estado - a maioria por crimes de homicídio, roubo, latrocínio, tráfico de drogas e associação criminosa. Batizada "O Regresso", a operação também mira alvos que já tiveram passagens pelo sistema prisional mineiro. Segundo Macedo, o trabalho de monitoramento de suspeitos continuará a ser realizado pelas forças de segurança pública. Essa é uma nítida operação político-eleitoral.

O Ministério Público informou que a maioria das prisões cumpridas nesta terça-feira são de caráter preventivo por se tratar de mandados de recaptura. Há também casos de prisões temporárias e por condenação criminal. Alguns suspeitos foram detidos em flagrante durante o cumprimento dos mandados. "Não se trata do cumprimento de prisões por pensão alimentícia. Se tratam de alvos contumazes na prática de crimes violentos", disse o Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, Carlos Capristano, da Polícia Civil.

Devido ao grande número de detidos, a Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais (Seap) foi notificada. Apesar do Estado enfrentar problemas de superlotação em alguns presídios, o Ministério Público garantiu que a transferência dos detentos não enfrentará problemas. "Adotamos todas as medidas para que essa população ingressassem sem maiores transtornos dentro do sistema prisional", disse Macedo.




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