quarta-feira, 25 de julho de 2018

Gaeco faz operação contra fraude a licitações para coleta de lixo e prende 12 pessoas no Paraná

Doze pessoas foram presas em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra fraude em licitações envolvendo coleta de lixo em Curitiba e outras cidades do Paraná. A operação foi batizada de Container. Do total de prisões, duas foram contra servidores vinculados ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que atuavam na capital e em Francisco Beltrão, no sudoeste. Outros 36 mandados de busca e apreensão foram em escritórios do IAP e em empresas e residências de Araucária, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Nova Esperança do Sudoeste, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Salto do Lontra, Cafelândia e Umuarama. As investigações, de acordo com o Gaeco, miram a formação de cartel para licitações realizadas por prefeituras paranaenses para contratação de serviços de coleta de lixo.

Desde 2010, dois grupos empresariais estariam dividindo o mercado e apresentando propostas de cobertura nos certames para garantir que o acordo respeitasse a carteira de contratos de cada empresa, ainda de acordo com os promotores. "O que se observou é que eles fingem que fazem uma concorrência, mas, no entanto, conduzem uma regionalização de contratação pelas prefeituras, conforme a escolha ou o interesse dos grupos", explicou o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti.

Além de fraude à licitação, a operação também investiga a prática de cartel, corrupção ativa e passiva e crimes contra o meio ambiente. A operação foi realizada em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Grupo Especial de Proteção ao Patrimônio Público (Gepatria). Em nota, o IAP informou que recebeu os investigadores do Gaeco durante as buscas e que foram apreendidos processos de licenciamento originários nos escritórios regionais de Umuarama, Francisco Beltrão e Curitiba para transporte de resíduos sólidos. 

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