sábado, 14 de julho de 2018

Elie Horn, dono da Cyrella, a maior construtora do País, diz que o ano já está perdido e quer anistia para políticos bandidos

Elie Horn, de 74 anos, bilionário fundador da incorporadora Cyrela, que assumiu o compromisso de doar a maior parte de sua fortuna, não gosta de falar de política - é o que ele diz - e prefere falar de filantropia. Para ele, tem de haver um recomeço para o Brasil, uma espécie de “reestruturação”. Elie Horn acredita que, para o País voltar ao rumo, é necessário pensar numa espécie de anistia para políticos: “Muitas vezes, procurar o passado não vai ter fim. Pega um ponto zero e começa a viver com regras novas, rígidas".


Pessimista em relação à economia, ele diz não temer as eleições. Declara-se de centro-direita, mas diz não saber qual o melhor candidato. No momento, dedica-se ao lançamento da Plataforma do Bem, que ajudará iniciativas de filantropia em diversas áreas no País. Ele diz: "O ano está perdido. É um problema político mais do que outra coisa, infelizmente. Mais um ano perdido. Não aprovar a reforma da Previdência foi muito triste. O País terá problemas sérios no futuro. Esse governo fez muita coisa boa, não teve chance de continuar. Se acabou, não sei. .... tem de haver recomeço total, uma espécie de reestruturação do País, com regras novas. Temos de partir do zero. Muito melhor do que corrigir com emendas. Muitas vezes procurar o passado não vai ter fim. Pega um ponto zero, esquece todo o passado e começa a viver com regras novas, rígidas. Daqui em diante, quem infringir terá problemas, punições. Não se consegue consertar tudo. É impossível. Então, corta: hoje é hoje e ontem já morreu". Ele defende uma anistia para os políticos: "É uma forma de evoluir o País. Precisamos acabar com a pobreza, a ignorância. Isso só virá se o País crescer e o País só crescerá com mudanças nas regras. Temos de acabar com antagonismo, vinganças. Tem de ter espírito nobre de evoluir sem mágoas". E discorda que isso deixaria uma sentimento de impunidade: "É uma solução. Não é a única. Mas temos de evoluir, ter ideias. Cada dia que passa há crianças morrendo de fome, de doenças. Isso não pode ser permitido. Qual a solução? Acabar com tudo isso". 

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