quarta-feira, 4 de julho de 2018

Chineses entram com pedido de licença ambiental para construção de refinaria no Ceará

O processo de implantação da refinaria no Ceará começa a se desenrolar. A empresa chinesa Qingdao Xinyutian Chemical, responsável pelo projeto, procurou a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para obtenção da licença ambiental. “A empresa chinesa, que criou filial no Ceará, deu entrada no projeto para o licenciamento ambiental e tem o banco chinês para financiar os investimentos e a área do Estado para a instalação da refinaria. Estamos muito empolgados”, destacou o governador Camilo Santana (PT). A Superintendência confirmou que a Qingdao buscou orientação sobre os procedimentos. “A empresa interessada em instalar uma refinaria no Ceará iniciou as tratativas junto à Semace no sentido de orientar sobre como proceder para obter as licenças ambientais previstas na legislação vigente no Ceará”, disse o órgão, por meio de nota. Tendo o projeto características semelhantes à da planta antes pretendida pela Petrobras, a interessada deverá solicitar a regularização da licença de instalação com mudança de titularidade, até então em nome da companhia.

Apesar da comemoração do governador, ainda serão demandados aproximadamente seis anos para que a refinaria dê início às operações. A projeção é de Bruno Iughetti, especialista em petróleo e energia. “Se eles obtiverem todas as licenças ambientais, mais as licenças de operação, a refinaria estaria em plena carga em cinco anos. Como sabemos, esses procedimentos não saem em menos de um ano. Podemos estimar o início operacional para seis anos”. A operação da refinaria é dividida em duas fases. A primeira deve comportar 150 mil barris de petróleo por dia. A segunda fase dobra para 300 mil. A companhia também irá implantar uma petroquímica – destinada à produção de derivados advindos do combustível fóssil – com valor estimado de US$ 3 bilhões. Serão 600 hectares. Para as duas fases do equipamento são 400 hectares, além de outros 200 para a instalação da petroquímica. Os projetos, localizados no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), ficarão na área da Zona de Processamento e Exportação (ZPE). O governo do Estado já assinou memorando de entendimento com o China Development Bank para financiar a refinaria. O montante de recursos é orçado em US$ 4,5 bilhões.

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