Após expansão em abril, a economia brasileira teve recuo no mês de maio de 2018, segundo dados do Banco Central. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 3,34% em maio, na comparação com o mês anterior, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (16). A expectativa era de uma queda de 3,45% para o mês, marcado pela paralisação dos caminhoneiros, conforme projeções de especialistas consultados.
Na comparação com maio de 2017, o IBC-Br recuou 2,90%, e no acumulado em 12 meses registrou alta de 1,13%, de acordo com o BC, nos dois casos em dados observados. Os impactos da paralisação dos caminhoneiros já foram sentidos em diversos setores da atividade e ajudaram a derrubar ainda mais as previsões de crescimento do PIB neste ano, inclusive dentro do governo. Em maio, a produção industrial despencou 10,9%, ritmo mais forte de contração em quase uma década e desde a crise financeira mundial, enquanto que as vendas no varejo tiveram a primeira contração no ano e o volume de serviços a maior queda em sete anos. Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda (16) mostrou que a projeção de crescimento do PIB em 2018 agora é de 1,5%, metade dos 3% indicados há alguns meses. O Ministério da Fazenda, que também chegou a falar em crescimento de 3% neste ano, agora calcula expansão de 1,6%, mesmo cenário do Banco Central. O IBC-Br incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
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