As irregularidades no Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo podem ter provocado um desvio de aproximadamente R$ 600 milhões, segundo cálculos apontados pelo Tribunal de Contas da União. A informação foi dada pela procuradora federal Anamara Osório, da força-tarefa da Operação Lava Jato que deflagrou nesta quinta-feira, 21, a Operação Pedra no Caminho, e prendeu 15 suspeitos, entre eles o ex-diretor da Dersa e ex-secretário de Logística e Transportes do governo Alckmin, Laurence Casagrande. “Como a obra do Rodoanel Norte consiste em 6 lotes, foram vários aditivos de todos lotes”, explicou Anamara Osório. “O que o Tribunal de Contas apurou foi que as irregularidades consistiram em mais ou menos R$ 600 milhões. De 2013 até 2017".
A procuradora destacou que os técnicos do TCU fizeram fiscalização em campo. “A fiscalização do TCU foi além das planilhas contratuais, dos contratos, dos aditivos, do projeto básico. A fiscalização do TCU foi a campo. Entrou na Dersa". Anamara é taxativa. “Existe com certeza indícios fortes de irregularidades no lote 2 que é o lote da construtora OAS.” As obras contaram com recursos da União, do Governo do Estado de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foram fiscalizadas pela Dersa, estatal responsável por obras rodoviárias de São Paulo. São alvos dos mandados ex-diretores da Dersa, executivos das Construtoras OAS e Mendes Junior, de empresas envolvidas na obra e gestores dos contratos com irregularidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário