O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado nas próximas eleições, afirma que o ex-aliado Maurício Fanini, que tenta um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Quadro Negro, que apura desvios em obras de escolas no Estado, “mente descaradamente”. “Nem eu, nem qualquer membro da minha família, recebeu dinheiro desviado dos cofres públicos”, afirma Richa, em nota divulgada nesta terça-feira, 5. O ex-diretor da Secretaria Estadual de Educação do Paraná, Maurício Jandoi Fanini Antonio, afirmou em proposta de delação premiada entregue ao Ministério Público Federal que arrecadou propinas para o ex-governador Beto Richa e que tratou diretamente dos valores com o tucano. Richa seria o principal beneficiário da arrecadação de valores com empresas contratadas pelo Estado, segundo o delator – preso em 2017 na Quadro Negro.
Para o ex-governador, a delação de Fanini não será aceita pela Justiça e representa uma tentativa desesperada de “envolver pessoas inocentes, retirando o foco das fraudes por ele cometidas” e que carecem de provas. “Qual a razão de dar credibilidade a um criminoso que realizou 870 depósitos em dinheiro vivo, em sua própria conta corrente, pagou cartões de crédito em dinheiro vivo e formou um patrimônio incompatível com sua renda?” O ex-governador criticou o “vazamento criminoso” dos anexos da delação. “Esta forma ilícita de agir parece ser uma manobra arquitetada às vésperas do período eleitoral, na tentativa de nivelar todos os políticos por baixo”, acusa Richa. “Não faço parte desta cena deplorável, onde criminosos confessos buscam envolver pessoas inocentes em crimes que somente eles praticaram.”
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