A deputada federal Cristiane Brasil (PTB) está proibida de entrar no prédio do Ministério do Trabalho. Por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, no âmbito da Registro Espúrio, ela também não pode manter contato com os demais investigados na ação da Polícia Federal que mira fraudes na Secretaria de Relações do Trabalho da pasta. O gabinete e o apartamento funcional de Cristiane foram alvo de busca e apreensão nesta terça-feira, 12, na segunda fase da operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Fachin. Segundo a Procuradoria-Geral da República, indícios ‘de que a parlamentar integra a organização criminosa que atua no Ministério foram descobertos a partir da análise de telefones celulares de Renato Araújo Júnior, então servidor do Ministério do Trabalho, membro do núcleo administrativo da suposta organização criminosa, e o suplente de deputado federal Wilson Santiago Filho (PTB-PB). Segundo o pedido da Procuradoria Geral da República, foram encontradas trocas de mensagens entre a deputada e Araújo, que seria seu braço direito no Ministério do Trabalho, ‘atuando em conformidade com os interesses desta no exercício da função pública’. “Além de orientar o servidor em relação a como agir na análise de pedidos, há inclusive mensagens que tratam da cobrança de valores previamente combinados. Também foram mencionadas mensagens de texto que fazem referência a Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e pai de Cristiane Brasil”, afirma a Procuradoria, por meio de nota.
De acordo com relatório de análise telemática, o servidor da secretaria de Relações do Trabalho, que atendia a interesses de membros do PTB, disse a Wilson Filho que tinha “priorizado ao máximo o senhor, Deley e Cristiane Brasil”. O pedido do servidor Renato era que petebistas reforçassem o “protagonismo” dele na Secretaria de Relações do Trabalho. A sustentação dele vinha do apoio do partido, incluindo do presidente, Roberto Jefferson, pai da deputada. O delegado Leo Garrido, na ocasião, ao falar sobre Cristiane Brasil, Deley e o deputado estadual de São Paulo, Campos Machado, todos petebistas, disse que “os indícios constantes nos autos ainda não são aptos a comprovar o envolvimento deles com a Orcrim (organização criminosa)”. “Faz-se necessário o aprofundamento das investigações, com vistas a aferir a possível participação de tais parlamentares neste esquema criminoso”, afirmou o delegado Leo Garrido no documento datado de 2 de maio.
Cristiane é filha do presidente do PTB Nacional, Roberto Jefferson, que também é alvo da Registro Espúrio. Denunciante do Mensalão do PT, o ex-deputado também teve seus endereços vasculhados pela Polícia Federal. Além de Jefferson, foram alvo busca na primeira fase da Registro Espúrio os gabinetes dos deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade) e Wilson Filho (PTB). A sede da Força Sindical também foi alvo da ação da PF. Todos são apontados como integrantes do núcleo político da suposta organização criminosa que atuava na pasta.
Um comentário:
Essa é mais suja que pau de galinha
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