O governo da Venezuela anunciou na sexta-feira, 1º, a libertação imediata de um grupo de opositores presos, liderado pelo ex-prefeito Daniel Ceballos, disse a presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Delcy Rodríguez. “Vocês estão sendo beneficiários dessas medidas, um primeiro grupo. Nas próximas horas, o país conhecerá os grupos seguintes que estão sujeitos a esta medida”, afirmou ela, diante do grupo, durante um ato na chancelaria. A informação foi confirmada na véspera por Caracas e quatro governadores de oposição que aceitaram se reunir com o ditador comuno-bolivariano Nicolás Maduro. Após um encontro de duas horas, o governo se comprometeu com a libertação, disse a líder do Estado de Táchira, a opositora Laidy Gómez, ao sair da reunião. Por sua parte, o ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, confirmou que ao meio-dia seriam libertadas algumas das pessoas que a oposição considera serem "presos políticos", segundo a promessa de Maduro.
Os governadores também concordaram em permanecer em Caracas até que estas libertações sejam concretizadas, acrescentou ela. A porta-voz do partido social-democrata opositor Ação Democrática (AD), destacou que, se as libertações acontecessem no prazo oferecido pelo governo, os governadores de oposição aceitariam conversar com o Executivo de outros assuntos de caráter social, econômico e político. "Apresentamos a necessidade de oferecer confiança ao país para que todos os setores da sociedade venezuelana comecem a ver esperanças na política que se assume sem violência, na política que se assume com responsabilidade, sem complexos, para dar resposta a um povo", argumentou. A participação dos opositores neste encontro, convocado pelo próprio Maduro, transgride a posição da aliança de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD), que se recusou a participar de um diálogo com o governo.
A MUD reiterou que não reconhece a reeleição de Maduro, assim como parte da comunidade internacional, e que um ato "mínimo" para retomar as negociações seria "deixar sem efeito o processo eleitoral de 20 de maio". A maioria da oposição venezuelana, agrupada na MUD, decidiu não participar dos pleitos presidenciais do dia 20 de maio porque assegurava que o governo cometeria "fraude", o que deixou o caminho de Maduro quase livre para a vitória.
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